Caso Gtech: Caixa acusa funcionários
O Globo – Sérgio Fadul (1/3/2004)
Ler TudoEm 19 de fevereiro, entidades representativas dos empregados, entre elas a APCEF/SP e Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, fazem manifestações em diversas unidades da Caixa por melhores condições de trabalho e atendimento aos clientes e usuários do banco, marcação correta da jornada, contratação de pessoal…
Leia, abaixo, texto da carta aberta que será distribuída aos clientes e usuários durante as manifestações:
Diversos técnicos bancários que não foram aprovados em estágio probatório na Caixa têm procurado a APCEF/SP para relatar supostas irregularidades no processo de avaliação. De acordo com os trabalhadores, as unidades não estariam observando a normativa RH 002 da Caixa, que regula o acompanhamento do empregado recém-contratado no estágio probatório.
Além disso, um dos fatores determinantes para a contratação ou não do empregado, também de acordo com informações, tem sido o cumprimento de metas, ou seja, dependendo do desempenho na venda de produtos do banco, o trabalhador é aprovado ou não pela empresa. “Este procedimento é inaceitável. A Caixa contrata bancário ou vendedor?” – questiona a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus.
A APCEF/SP encaminhou algumas denúncias para a diretoria de Recursos Humanos da Caixa, outras foram levadas diretamente pela Associação para os superintendentes dos Escritórios de Negócios. “Queremos a solução para os problemas levantados pelos TBs e, no caso de confirmação das denúncias, vamos lutar pela reversão das demissões” – comentou a diretora-presidente da APCEF/SP.
A primeira reunião do grupo de trabalho que debate o Processo Seletivo Interno (PSI) da Caixa aconteceu em 5 de fevereiro, na capital, e contou com a presença dos representantes dos empregados, indicados pela Executiva Nacional dos Bancários – Fabiana Matheus (APCEF/SP) e Marcos Aurélio Saraiva Holanda (APCEF/CE) – e do banco – Fernando Tarlei de Freitas e Nilton Fraiberg.
Na primeira parte da reunião, foi elaborado um cronograma para os trabalhos do grupo, com debates previstos para 13 de fevereiro, sexta-feira, na capital, e 4 de março, quinta-feira, em local a ser definido.
A data prevista para término dos trabalhos é 31 de maio.
A pauta do encontro girou em torno da elaboração de um diagnóstico sobre o PSI, com um levantamento dos principais problemas, tanto pela representação dos empregados quanto da empresa, como:
• o poder da unidade demandante da vaga;
• a “imprescindível” ciência da chefia para a inscrição do candidato;
• a liberação do aprovado pela chefia para assumir a vaga;
• a abrangência geográfica e o universo de recrutamento dos processos seletivos;
• os comitês de avaliação (CAGE e CATE);
• a ausência de retorno para os não-aprovados nos PSIs;
• a não-disponibilização de recurso para os empregados não-aprovados;
• a falta de critérios transparentes no processo;
• a falta de critérios na dispensa da função.
A representante dos empregados, Fabiana Matheus, pediu, durante a reunião, que o GT faça, também, uma avaliação sobre os procedimentos adotados no PSI da auditoria, ocorrido em 2002.
A APCEF/SP está disponibilizando ação judicial individual para incorporação da gratificação de função dos cargos em comissão – gerentes e cargos de chefia.
Para entrar com a ação, o empregado – ativo ou aposentado há dois anos ou menos – deve ser associado da APCEF/SP.
Fonte: Carolina Coronel (CNB/CUT), com informações do GT Sipon
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