Fonte: Carolina Coronel (CNB/CUT), com informações do GT Sipon

Os representantes dos empregados e integrantes do Grupo de Trabalho do Sistema de Ponto Eletrônico (GT Sipon) apresentaram na matriz da Caixa, em Brasília, nos dias 9 e 10 de fevereiro, as principais reivindicações dos trabalhadores.
Os representantes dos empregados expuseram as demandas relacionadas às horas extras e à jornada de trabalho à representação do banco, também integrante do GT.
Para o desenvolvimento dos trabalhos, os empregados da Caixa poderão colaborar enviando, por e-mail: sipon@cnbcut.com.br, sugestões para o GT até 10 de março, quarta-feira.
O coordenador do grupo e representante da Caixa, João Manoel da Cruz Simões, afirmou que o banco deverá estudar e analisar a viabilidade da implementação das demandas.
A próxima reunião do GT está marcada para os dias 24, 25 e 26 de março. “No próximo encontro serão definidos os pontos a serem implementados” – disse Brandão. Confira abaixo as reivindicações apresentadas:

Jornada de Trabalho

– fim da jornada de oito horas para quem não exercer cargo em comissão gerencial, sem redução salarial;
– que os empregados com jornada flexível não tenham constantemente sua jornada alterada unilateralmente pela chefia;
– flexibilidade na marcação das entradas e saídas de somente cinco minutos por registro é insuficiente;
– que a Caixa oriente seus gestores a conscientizar os empregados para a importância das pausas, conforme definido na cláusula 26 do Acordo Coletivo de Trabalho – A Caixa deve criar mecanismos para que as pausas sejam cumpridas;
– verificar solução para a dificuldade de realização das pausas nas unidades com somente dois caixas executivos;
– em diversas unidades o número de guichês de caixa é igual ao de caixas atuantes, não existindo guichê para o caixa flutuante cobrir o intervalo e as pausas dos demais caixas;
– ação da Caixa para inibir a postura gerencial inadequada em relação ao registro da jornada, pois há gerentes que pressionam os empregados para marcar a saída e continuar trabalhando ou que “convidam” os empregados para participar de reuniões não registradas.

Sipon

– que o Sipon bloqueie o acesso dos empregados a todos os demais sistemas antes do registro de início e após o registro de término da jornada. O Sipon, como é hoje, permite que o empregado trabalhe sem que registre o horário;
– rever as situações que geram homologação e verificar a possibilidade de reduzi-las;
– evitar problemas de congestionamento na marcação de ponto na entrada e saída da jornada, o que prejudica seu registro tempestivo;
– possibilitar e exigir dos gestores que a homologação do Sipon seja realizada no dia da ocorrência;
– impossibilitar a alteração do ponto após a sua marcação;
– que os empregados com cargo em comissão gerencial passem a registrar sua freqüência no Sipon.

Horas Extras

– com o Acordo Coletivo de Trabalho 2003/2004, que determina o pagamento de, pelo menos, 50% das horas extras realizadas, há reclamação dos técnicos sociais que eventualmente trabalham nos fins de semana ou à noite, de que estão sendo impedidos de registrar suas horas extras;
– prazo para compensação das horas extras/horas negativas – 30 dias – é muito curto;
– reivindicação de que a compensação da hora extra seja realizada com 50% de acréscimo sobre a hora trabalhada;
– os representantes dos empregados solicitam visibilidade em relação ao dispêndio da Caixa com horas extras, por meio de relatório, especificando o gasto por EN/Gerência Nacional;
– realizar levantamento do passivo de hora extra e verificar a possibilidade do seu pagamento (os representantes da empresa informam que no ACT 1999/2000 foi realizado o pagamento de todo o passivo existente. Após este período, com a entrada do SIPON, as horas extras vêm sendo pagas e ou compensadas mensalmente);
– os representantes dos empregados alegam que existe controle paralelo da freqüência e solicitam que a empresa não permita essas ocorrências, pois o controle paralelo gera passivo.

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