Funcef: Conselho Deliberativo reúne-se em 12 de novembro. Saiba a pauta do encontro
Da Agência Fenae
Ler TudoMeire Bicudo – CNB/CUT, com informações da Fenae Net
Ler TudoA APCEF/SP está conclamando todos os bancários da Caixa a participar da campanha “Nosso Trabalho Vale Muito”. No próximo dia 28, quinta-feira, será o Dia da Venda Zero: os empregados não deverão vender nenhum produto (seguro, capitalização, previdência…).
O objetivo é demonstrar à direção do banco a insatisfação e o repúdio à postura adotada durante a Campanha Salarial deste ano.
Mesmo após o julgamento do dissídio coletivo, a direção da Caixa continua provocando os trabalhadores e tripudiando.
Na manhã de sexta-feira, dia 22, após o julgamento, a administração distribuiu um boletim eletrônico provocativo afirmando que “cumpriria imediatamente a decisão do Tribunal Superior do Trabalho e lamenta duplamente que o desfecho do dissídio possa representar o menosprezo pela via negocial e resultar em um valor inferior ao negociado”.
“Foi a própria Caixa que não aceitou negociar. Durante os 30 dias de greve não houve uma única reunião… apenas pressão, repressão, truculência” – lembrou a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus.
À tarde, depois de muitas manifestações de indignação, a direção distribuiu um novo informativo afirmando que as demais cláusulas serão discutidas com as entidades representativas dos trabalhadores.
“A APCEF/SP repudia a falta de bom senso da diretoria do banco. Não sabemos o que eles pretendem com esse tipo de atitude. Mas nós sabemos exatamente o que queremos: que atendam nossas reivindicações. E estamos dispostos a lutar por isso!” – afirmou Fabiana Matheus. “É importante que os trabalhadores participem da campanha e não vendam nenhum produto no dia 28” – completou.
O Conselho Deliberativo da Funcef dedicou-se, em reunião ordinária no dia 26 de outubro, a estudar as informações corporativas apresentadas pela diretoria da Fundação.
Os conselheiros eleitos, especialmente, abordaram a indefinição do Clube Imobiliário, o aumento no número de funcionários e trabalhadores terceirizados, a contratação de consultoria para propor cortes nas despesas e o estouro no limite de 15% das receitas previdenciais com despesas administrativas.
O número de funcionários da Funcef passou de 257 em agosto de 2003 para 268 em agosto deste ano. O aumento nas contratações não foi acompanhado pela queda na tercerização, conforme se previa. Os trabalhadores terceirizados eram 85 e passaram para 83, no mesmo período. Diminuiu apenas o número de estagiários, de 31 para 21.
O Conselho Deliberativo cobrou a contratação de consultoria para estudar os custos da Fundação e propor adequações na estrutura. A decisão foi tomada pelo conselho ainda no dia 21 de junho e a diretoria teria 30 dias para apresentar uma proposta de estudos.
O conselheiro eleito José Carlos Alonso apontou que o orçamento da Fundação “está excessivamente otimista quanto às receitas”. De janeiro a agosto, previa-se R$ 176,9 milhões em receitas previdenciais, mas foram arrecadados apenas R$ 156,7 milhões. No entanto, as despesas administrativas não caíram no mesmo ritmo, atingindo 17,71% das receitas, quando o orçamento permitia o percentual máximo de 15,65%. “Se a receita não acompanha as despesas, a diretoria deveria ter enquadrado os gastos” – alertou o conselheiro.
Sobre o Clube Imoibliário, os conselheiros receberam a informação de que 225 dos 717 contratos em atraso referem-se a liminares obtidas pelos mutuários. A diretoria da Caixa, que deveria apresentar solução para o clube, comprometeu-se a apresentar uma proposta na próxima reunião ordinária do Conselho Deliberativo.
O boletim eletrônico “Urgente”, da Caixa, informou, em 26 de outubro, que a empresa efetuará o pagamento do abono salarial – determinado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) – no dia 29, sexta-feira.
“Vale lembrar que o fato da Caixa efetuar o pagamento do abono na sexta-feira não encerra a Campanha Salarial. Itens como a Participação nos Lucros e Resultados, cesta-alimentação e todos os outros que fazem parte do Acordo Coletivo 2003/2004 ainda precisam ser discutidos com a Caixa” – explicou a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus.