O Conselho Deliberativo da Funcef dedicou-se, em reunião ordinária no dia 26 de outubro, a estudar as informações corporativas apresentadas pela diretoria da Fundação.
Os conselheiros eleitos, especialmente, abordaram a indefinição do Clube Imobiliário, o aumento no número de funcionários e trabalhadores terceirizados, a contratação de consultoria para propor cortes nas despesas e o estouro no limite de 15% das receitas previdenciais com despesas administrativas.
O número de funcionários da Funcef passou de 257 em agosto de 2003 para 268 em agosto deste ano. O aumento nas contratações não foi acompanhado pela queda na tercerização, conforme se previa. Os trabalhadores terceirizados eram 85 e passaram para 83, no mesmo período. Diminuiu apenas o número de estagiários, de 31 para 21.
O Conselho Deliberativo cobrou a contratação de consultoria para estudar os custos da Fundação e propor adequações na estrutura. A decisão foi tomada pelo conselho ainda no dia 21 de junho e a diretoria teria 30 dias para apresentar uma proposta de estudos.
O conselheiro eleito José Carlos Alonso apontou que o orçamento da Fundação “está excessivamente otimista quanto às receitas”. De janeiro a agosto, previa-se R$ 176,9 milhões em receitas previdenciais, mas foram arrecadados apenas R$ 156,7 milhões. No entanto, as despesas administrativas não caíram no mesmo ritmo, atingindo 17,71% das receitas, quando o orçamento permitia o percentual máximo de 15,65%. “Se a receita não acompanha as despesas, a diretoria deveria ter enquadrado os gastos” – alertou o conselheiro.
Sobre o Clube Imoibliário, os conselheiros receberam a informação de que 225 dos 717 contratos em atraso referem-se a liminares obtidas pelos mutuários. A diretoria da Caixa, que deveria apresentar solução para o clube, comprometeu-se a apresentar uma proposta na próxima reunião ordinária do Conselho Deliberativo.

• Caixa e Funcef debatem novo plano com o governo

Representantes da Caixa e da Funcef realizaram, no decorrer dos últimos 30 dias, reuniões com o Departamento de Controle das Empresas Estatais (Dest), do Ministério do Planejamento, e com a secretaria executiva do Ministério da Fazenda, para apresentar o formato do novo plano de benefícios da Fundação. O novo regulamento de benefícios da Funcef deverá passar por aprovação nestas instâncias, além da Secretaria de Previdência Complementar (SPC), antes de entrar em vigor.
Foi o primeiro contato oficial com os ministérios no que se refere ao novo plano. Novas reuniões estão marcadas para o próximo mês.

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