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Foto: Augusto Coelho – Fenae – Apresentação do novo modelo organizacional da Caixa, no dia 27

Se pudéssemos resumir a postura da direção da Caixa diante de seus empregados, esta seria de falta de transparência com os trabalhadores e de respeito à negociação coletiva.

Depois de mais de um ano negando, veementemente, à Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) que a empresa passaria por um processo de reestruturação, a direção do banco confirmou, em meados de maio, as mudanças no organograma da empresa, além de lançar o Caixa +10, que prevê alterações no modo de atendimento das agências.

No último dia 27, a direção do banco apresentou, oficialmente, aos representantes dos empregados, o novo modelo organizacional que está sendo implantado, com a criação de novas vice-presidências e a adoção de medidas na esfera da Gerência Nacional.

Contudo, quando questionada pelos membros da CEE-Caixa sobre uma possível reestruturação nas demais áreas do banco, o vice-presidente de Gestão de Pessoas da empresa, Sérgio Rodrigues, afirmou que o projeto seguirá um cronograma determinado pela presidência e que outras informações não seriam dadas naquele momento.

A atualização do modelo de gestão está sendo elaborada por uma empresa de consultoria externa e, de acordo com a Caixa, deverá ser implantada em etapas.

Desconfiança
– não é de hoje que há boatos sobre uma (praticamente certa) reestruturação no banco. Até mesmo a imprensa noticiou o assunto dando como fato as alterações. Desde então, os empregados vivem em um clima de apreensão, sem saber os destinos que os aguardam, se suas áreas serão afetadas, se haverá retirada de função…

Para a diretora da APCEF Ivanilde de Miranda, diante do cenário apresentado pelo banco, é importante que a reestruturação não prejudique os trabalhadores. “Vale lembrar que a última mudança organizacional promovida pela Caixa, em 2010, que acabou com o setor de retaguarda, provoca reflexos negativos até hoje, principalmente para quem exerce a função de tesoureiro, que ficou ainda mais sobrecarregado do que antes”, afirmou a dirigente.

Diante do posicionamento da CEE-Caixa sobre a malograda experiência de 2010, a diretora executiva de Gestão de Pessoas da Caixa, Márcia Guimarães Guedes, admitiu que as mudanças não tiveram o sucesso esperado e geraram, inclusive, ações judiciais por parte dos empregados que se sentiram prejudicados. Contudo, assegurou que o processo, dessa vez, será tranquilo.
“Garantir um bom ambiente de trabalho e desenvolvimento profissional. Este deve ser o compromisso da direção da Caixa com seus trabalhadores e iremos cobrá-la nesse sentido”, afirmou Ivanilde de Miranda.

A APCEF perto de você
– se você tiver qualquer tipo de problema em sua unidade, seja proveniente de reflexos da reestruturação ou de qualquer outro ponto, entre em contato com o Departamento Sindical da Associação pelo telefone (11) 3017-8315 ou envie e-mail para sindical@apcefsp.org.br.

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