A campanha “16 dias de ativismo” é mundial e organizada pela ONU, indo até 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Internacional dos Direitos Humanos. 

Os 16 dias de ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo, segundo a ONU Mulheres Brasil.

No Brasil, a Campanha ocorre desde 2003 e é chamada 16+5 Dias de Ativismo, pois incorporou o Dia da Consciência Negra. A mobilização termina em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Cerca de 150 países participam da campanha.

A data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas” e assassinadas em 1960 por fazerem oposição ao governo do ditador Rafael Trujillo, que presidiu a República Dominicana de 1930 a 1961, quando foi deposto.

A violência contra as mulheres tem atingido patamares alarmantes, ao mesmo tempo em que o governo anula qualquer investimento visando o seu combate. No Brasil, uma mulher é assassinada a cada 2 horas pelo fato de ser mulher; 10 estupros coletivos acontecem diariamente, inclusive de meninas de até 13 anos de idade.

As políticas impostas à população trarão impactos sem precedentes a curto, médio e longo prazo. Ou seja, as gerações futuras não contarão com a presença do Estado como promotor e garantidor de direitos, em contrapartida receberão uma dívida social sem precedentes. A pergunta é, quem será responsabilizado por esta dívida humana? O capital? O Estado? A sociedade? Ou culparão aqueles e aquelas que foram sacrificados em nome dos altos lucros?

As mulheres têm se somado ao longo da história, a luta do conjunto da classe trabalhadora na defesa dos direitos e neste momento não seria diferente. 

A APCEF/SP promoveu o 2º Encontro da Diversidade no último dia 10 de novembro para debater o tema.

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