Previsto no plano de capital do banco e aprovado pelo controlador, aporte será de R$ 878 mi

Meios de comunicação da mídia hegemônica (sempre fazendo juízos de valor, através do uso de expressões como “socorro” ou “auxílio”) anunciaram que o governo fará aporte à Caixa, capitalizando o banco com vistas a cumprir as regras previstas no Acordo de Basileia 3. A operação, prevista no plano de capital feito pelo banco público e aprovado pelo controlador, será feita com parte de recursos recebidos pelo tesouro do próprio banco, por meio do pagamento obrigatório de dividendos (estabelecido pela Lei 6.404/76), de 25% do resultado obtido em 2017, de R$ 12,5 bi. Outra parte do reforço de capital prevista pelo plano se dará pela retenção dos lucros.

Os efeitos da decisão do governo de não capitalizar a Caixa através do uso de recursos da União teve como consequência a paralisação da oferta de crédito por parte do banco público. A política de mercado aplicada pela Caixa, neste período, fechou linhas de crédito, aumentou taxas de juros, tarifas bancárias e reduziu a contratação do crédito na Caixa em cerca de 50% na pessoa jurídica e em linhas como o financiamento com recursos SBPE. O estoque de crédito na Caixa em pessoa jurídica, no último ano, caiu cerca de 25%, de R$ 87 bi para R$ 65 bi, exatamente no período em que a Caixa aplicou a verticalização, que exigia, dos gerentes de Pessoa Jurídica, o crescimento da carteira de clientes nas agências para que as funções fossem mantidas.

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