As conquistas têm, agora, de sair do papel e ser, efetivamente, implementadas

O fato de a Convenção Coletiva de Trabalho ter sido assinada entre a representação dos empregados e os bancos, muitas vezes, passa a impressão de que ali, naquele momento, deu-se por encerrada a Campanha Salarial.
A assinatura, na verdade, garante os direitos conquistados no período de negociação, mas a sua implementação, de fato, depende de ajustes que são feitos depois de fechado o Acordo Coletivo.
E é exatamente nesta fase em que se encontram algumas cláusulas do Aditivo ao Acordo Coletivo – itens específicos da Caixa.

• Caixa de RETPV
Pelo acordado, todos os ocupantes do cargo em comissão de caixa de RETPV serão transferidos para o ponto-de-venda e designados no cargo em comissão de caixa ponto-de-venda. Aplicando o novo reajuste, o caixa ponto-de-venda passará a receber o piso de R$ 2.193. O caixa de RETPV, ao ser designado no novo cargo, terá acréscimo de até 25,17% sobre a sua remuneração.
O fato é que a Caixa ainda não divulgou cronograma ou prazo algum para que essa mudança seja feita.

• Itens em aberto
Está prevista para janeiro de 2009 a avaliação dos empregados para a promoção dentro da carreira no Plano de Cargos e Salários (PCS). O problema é que o prazo está se aproximando e os critérios de avaliação ainda não foram definidos.
Outro item importante – o processo de negociação sobre o pagamento do tíquete-alimentação para empregados admitidos antes de 1995 – também não foi iniciado.
Apesar de a Caixa ter se comprometido a estender o pagamento do auxílio-alimentação para pensionistas, independente do ingresso de ação judicial para tal fim, o banco ainda não estipulou um prazo para que isso aconteça.

• A luta continua
Paralelamente à indefinição da direção da Caixa em relação aos itens já acordados na Campanha Salarial 2008, existem pendências que sequer foram discutidas pela empresa e que fazem parte das reivindicações dos empregados, como:
– a democratização da gestão, com a eleição de um representante dos trabalhadores para o Conselho do banco;
– a conquista da isonomia – anuênio e licença-prêmio.
“Não podemos deixar que todo o esforço e as conquistas da Campanha Salarial deste ano tenham sido em vão” – comentou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto. “É hora de cobrarmos os desdobramentos dos itens acordados neste ano e de lutarmos por nossos direitos na mesa de negociação específica” – completou.

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