O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos debateram, em 26 de novembro, por quase 10 horas, a intenção da Fenaban de aplicar imediatamente a Medida Provisória (MP) 905/2019.

O Comando defendeu a manutenção da jornada dos bancários de segunda a sexta-feira, o não aumento de jornada e que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) continue sendo negociada com os sindicatos.

Uma das alternativas era assinar um aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), garantindo o direito dos trabalhadores.

Ao final do dia, as negociações sobre o texto do aditivo avançaram bastante, garantindo a jornada e a negociação da PLR apenas pelos sindicatos. Mas, dado o avanço da hora, as negociações devem prosseguir nos próximos dias. Até que o aditivo seja assinado, os efeitos da MP permanecem suspensos.

:: Pressione deputados e senadores contra a MP que muda jornada para 8 horas.

Jornada de seis horas – A jornada de seis horas da categoria bancária está ligada, desde sua conquista, a questões de saúde. Na década de 30, a redução da jornada de trabalho ocorreu por conta da grande incidência de tuberculose.

Anos depois, a categoria passou a sofrer com as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort).

Hoje em dia, o que preocupa são as doenças mentais. Pesquisa recente da Fenae revelou que um em cada três empregados da Caixa diz ter apresentado algum problema de saúde em decorrência do trabalho nos últimos 12 meses.

Entre os que tiveram algum problema, 10,6% relataram depressão. Doenças causadas por estresse e doenças psicológicas representam 60,5% dos casos.

Quem paga a conta pelo adoecimento dos trabalhadores é a sociedade. O empregado em licença médica passa a receber benefício previdenciário. Se ocorrer o aumento da jornada, certamente o quadro da categoria se agravará ainda mais.

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