Muitos empregados da Caixa, da velha guarda, como diriam alguns, lembram com orgulho desta data: 30 de outubro de 1985 marcou a história de muita gente.

Foi em 30 de outubro, há 35 anos, que os empregados da Caixa cruzaram os braços em todo o país na luta pela jornada de seis horas e pela sindicalização. A adesão chegou a quase 100%!

A primeira grande greve na Caixa resultou na aprovação no Congresso Nacional do projeto de Lei 4.111-4, do deputado Léo Simões, que estabelecia a jornada de seis horas para os empregados da Caixa. A lei foi sancionada pelo então presidente José Sarney em 17 de dezembro de 1985.

No dia seguinte à sanção presidencial, o “Diário Oficial da União” trazia ainda a garantia do direito à sindicalização a todos os empregados da Caixa, viabilizada com a alteração do parágrafo único do artigo 556 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Foram meses e meses de preparação. Vivia-se o fim da ditadura militar, a Caixa tinha pouco mais de 40 mil empregados. Fechar uma agência bancária significava paralisar as atividades do banco.

Com certeza, quem vivenciou aquele dia, ainda sente uma pontinha de orgulho ao contar que fez parte da história da luta dos empregados da Caixa!

“Fazer parte de um movimento tão importante para a categoria me deixa muito orgulhoso”, contou o diretor da Apcef/SP Kardec de Jesus Bezerra. “Eu já estava na Caixa nessa época e é muito bom lembrar da mobilização”, lembrou.

Importante ressaltar que a luta não pode esmorecer. Recentemente, duas medidas do governo – MPs 905 e 936 – tentaram alterar a jornada dos bancários, inclusive com a possibilidade de trabalho aos sábados. “O engajamento das entidades que representam os trabalhadores foi fundamental para que as MPs não fossem implementadas”, ressaltou o diretor da Apcef/SP. “Mesmo depois de 35 anos, temos de ficar atentos e unidos para lutar em defesa dos direitos dos trabalhadores”, finalizou.

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