O presidente da República Jair Bolsonaro revogou a MP 905, do contrato verde e amarelo, que retirava direitos dos trabalhadores, numa espécie de minirreforma trabalhista. A MP foi alvo de protestos e ações do movimento sindical e tinha como prazo final de votação a data de hoje: se caducasse, não poderia voltar a ser proposta tão cedo. Com a revogação o governo pode reeditar o texto.

Apesar dessa possibilidade o fato de a MP não ter sido aprovada é considerado positivo pelo movimento sindical e entidades representativas dos trabalhadores. “É uma conquista, mas não podemos baixar a guarda, porque novas iniciativas contra os trabalhadores virão”, aponta a coordenadora do Comitê nacional em defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano, lembrando que a MP que caducou incluía jornada maior e trabalho aos sábados e domingos, impactando fortemente na categoria bancária.

A MP 905 foi aprovada pela Câmara e seria discutida no Senado na última sexta, 17, mas um dia antes Bolsonaro atacou em entrevista à CNN Brasil o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criando clima de confronto no Legislativo. A recomendação para que o governo revogasse o texto veio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

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