O Congresso e o Senado são parte fundamental da gestão federal, já que todas as ações de governo passam pelas mãos de deputados e senadores antes de aprovadas. Por isso, a composição das duas casas é decisiva para os rumos do país.

Nesta eleição foram escolhidos os nomes para preencher as 513 vagas da Câmara e 54 (das 81) do Senado.

No Congresso, 269 dos eleitos irão cumprir seu primeiro mandato, o restante já exerceu a função anteriormente. Entre os estreantes, 141 se elegeram em função da relação de parentesco com políticos tradicionais, lideranças evangélicas, policiais “linha dura” ou celebridades.

PT, PSL e PP passam a ser, respectivamente, as maiores bancadas com 56, 52 e 37. O partido que mais perdeu cadeiras foi o MDB (antigo PMDB), que caiu de 66 em 2014 para 34 eleitos em 2018.

No geral, partidos considerados de direita aumentaram sua bancada, os de esquerda mantiveram e os de centro reduziram. A análise é do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).

Os partidos que mais cresceram, pela direita, foram o PSL, que passou de 8 para 52, e o PRB, que subiu de 21 para 30 e, pela esquerda, o PSol, que passou de seis para 10, e o PSB, que passou de 26 para 32.

Além disso, os deputados costumam se concentrar em bancadas constituídas pelas causas ou grupos que representam, como por exemplo, a bancada evangélica, a do agronegócio e a de defesa das armas.

Entre os eleitos para a nova gestão a maioria são empresários (133), juntando com aqueles que não possuem empresas, mas estão ligados a grandes corporações, a bancada empresarial se manteve como a maior na Câmara.

A outras maiores bancadas são a do agronegócio, a evangélica e a das armas, as duas primeiras mantiveram seu tamanho, já a das armas cresceu. A bancada sindicalista, por sua vez, ficou reduzida, assim como as mulheres.

Foram eleitos 33 deputados ligados a sindicatos e entidades representativas dos trabalhadores, 18 a menos do que no pleito passado.

Senado

Das 54 vagas, apenas 32 senadores tentaram a reeleição e destes somente oito renovaram seus mandatos.

Dos 46 novos, pelo menos 40 nunca foram senadores e nove nunca ocuparam cargos públicos, nem eleitos nem nomeados para função de confiança.

A renovação no Senado, em relação às vagas em disputa, foi de 85%.

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