A escassez de testes e as dificuldades em ter acesso ao sistema de saúde tem dificultado a vida dos empregados da Caixa neste início de ano, em que os casos confirmados e de suspeita de Covid-19 explodiram nas unidades do banco. O cenário, atualmente, é semelhante ao que vivemos no início da pandemia, quando havia uma dificuldade muito grande em conseguir rapidamente o diagnóstico da doença, e o motivo é semelhante: a oferta de testes disponíveis é inferior à procura por testagem.

Esta situação leva à situações inusitadas, como a observada em uma agência do interior de São Paulo, em que, após tomar conhecimento de um caso de suspeita de Covid-19 entre os empregados da equipe, a chefia da unidade tomou a iniciativa de buscar um local que estava realizando os testes, e que ofereceu a testagem aos empregados da unidade. O custo do teste, que foi definido em R$ 25 pelo estabelecimento, foi arcado pelos empregados. A iniciativa da chefia foi tomada após a inércia da área que seria responsável por realizar a aplicação do protocolo, que não tem dado respostas ao problema encontrado pelos empregados que são direcionados para fazer a testagem, de acordo com o protocolo vigente: o prazo do agendamento disponível nos laboratórios extrapola a validade do pedido médico da testagem. Naquela unidade, após os empregados realizarem o teste pagando o exame por conta própria, foram identificados mais seis pessoas infectadas com a Covid-19.

“Este é só mais um exemplo de que o protocolo vigente precisa passar por mudanças para se adequar à situação em que estamos atualmente. E, mais do que isso, é descabido que haja a cobrança de metas como se as equipes não estivessem desfalcadas como estão. A mesa entre o Comando Nacional e a Fenaban precisa evoluir, e a Caixa precisa convocar uma mesa específica. A administração do presidente Pedro Guimarães não pode ficar inerte frente à estes problemas que os empregados estão enfrentando” critica o diretor-presidente da APCEF/SP, Leonardo Quadros.

Compartilhe: