A Caixa enviou na quinta-feira, dia 22 de fevereiro, comunicado aos empregados confirmando a realização de Programa de Desligamento de Empregado (PDE) com início em 23 de fevereiro.

Em janeiro já circulava na grande imprensa a informação de que um novo programa de desligamentos seria lançado. O PDE terá período de adesão de 23 de fevereiro a 5 de março, com desligamento entre os dias 1º e 12 de março.

Podem aderir os empregados já aposentados pelo INSS, aptos a se aposentar pelo INSS até 31 de dezembro de 2018, os que possuem o mínimo de 15 anos de trabalho na Caixa e os que possuem adicional de incorporação de função de confiança/cargo em comissão/função gratificada.

Os empregados interessados em aderir devem ficar muito atentos e analisar com cuidado as regras do programa. Principalmente porque a continuidade no Saúde Caixa obedece às novas regulamentações.

“Fica claro que a Caixa está sendo direcionada a se livrar dos seus empregados sem se preocupar com os serviços prestados à população e à sociedade”, apontou o diretor da APCEF/SP, Edvaldo Rodrigues.

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PDVE

No ano passado ocorreu um PDVE (Programa de Demissão Voluntária Extraordinário) com o objetivo de reduzir o quadro de empregados em 10 mil, mas somados aos desligamentos de rotina, segundo o Balanço da Caixa, até setembro de 2017 foram 7.315 empregados a menos no banco público. Com isso, na conta da empresa, faltam cerca de 2,7 mil empregados a serem desligados.

O novo PDE vem após a aprovação do novo estatuto onde está definido que o Conselho de Administração (CA), que agora possui poderes de gestão, é quem decidirá sobre o número de empregados necessários.

Porém, é importante lembrar que o CA é predominantemente formado por indicações do Ministério da Fazenda, hoje comandado pelo banqueiro Henrique Meirelles.

A falta de empregados não é problema novo e se agrava com o novo PDE. Os trabalhadores sentem o efeito deste problema há tempos e com essa perspectiva ficam ainda mais apreensivos, vivendo dias de grande insegurança e pressão.

Para Edvaldo, isto mostra que “o critério adotado não é o do reconhecimento dos serviços prestados e sim o de quem deve sair do banco”.

Papel da Caixa

 A Caixa é mais do que um simples banco, é agente de políticas de Estado. Por conta disso, o atendimento pessoal realizado nas agências é de grande importância e há tempos sofre com a falta de empregados. Situação que tende a piorar.

A população sofre com a sobrecarga dos empregados, sem contar que isso também impacta na imagem da Caixa, que fica cada vez mais fragilizada.

“Está claro para nós empregados e para a população que este governo não quer e não tem planos para a manutenção da Caixa prestando serviços essenciais, políticas de estado ou cumprindo sua função social, pois, este é mais um passo na fragilização do banco junto ao mercado”, completou o diretor.

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