O melhor mel de abelha sem ferrão do Brasil e do mundo será produzido pela comunidade do Preazinho, em Belágua (MA). O projeto-piloto de criação de abelhas nativas será desenvolvido para aproveitar a floração da árvore Mirim (Humiria balsamífera), abundante na região. Ou seja, vai gerar renda para a população e ajudar a preservar a flora típica no município. Segundo a coordenadora do projeto, Fátima Carvalho, a ideia é ter de 30 a 40 caixas de abelhas no meliponário, que produzirão, cada uma, cerca de oito a dez litros de mel anualmente.

Serão criadas duas abelhas sem ferrão, a Tiuba e a Uruçu, de forma orgânica e natural. Muito apreciado pelo seu sabor característico, o mel de Mirim também é considerado bastante nutritivo, já que a planta é rica em ferro e sais minerais. “A coleta desse mel já é uma tradição das comunidades e é uma forma de manter a diversidade da mata nativa”, afirma Fátima.

Enquanto o mel de abelha africana é vendido a R$ 30, o mel da Mirim poderá ser comercializado por R$ 50, devido a demanda e qualidade do produto. O título de melhor mel de abelha sem ferrão foi conquistado na mostra Slow Food em Milão, Itália. A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) desenvolveu durante um período um projeto de meliponicultura na região, em parceria com o Sebrae, proposta que agora é retomada pelo Movimento Solidário, graças à doação dos empregados da Caixa.

 A expectativa é que o projeto-piloto será concluído até meados de maio de 2018, a tempo de aproveitar a floração da Mirim, que acontece de maio a dezembro.
 

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