Na segunda-feira (17) a direção da Caixa tomou uma decisão que contribuiu para aumentar as incertezas e a confusão dos empregados com o processo de reestruturação.

Aproveitando-se de trecho do despacho do Juiz do TRT da 10ª Região, a empresa reabriu o portal de movimentação da reestruturação, mas durante o dia não deu aos empregados quaisquer detalhes sobre o assunto.

O despacho do Juiz, que negou recurso da Caixa e manteve a liminar, traz um trecho que diz que “nos casos de mudança de nomenclatura da função exercida, sem impacto financeiro e sem a necessidade de qualquer concurso ou disputa para a migração de um plano ao outro, obviamente nada impede que a ré, à medida em que receba as adesões expressas ao novo plano, promova de imediato as respectivas migrações”.

Ao tomar a atitude, a direção do banco assume que parte dos empregados será prejudicada com a reestruturação e, mais uma vez, trabalha com a obscuridade e a confusão ao não deixar claro quais empregados seriam prejudicados, projeções da empresa estimam o número de empregados prejudicados em não menos que 20%. Ainda age com descaso ao não discutir alternativas para os problemas que própria empresa gerou ao implementar o modelo.

“O que a direção da Caixa conseguirá é, no máximo, causar uma “corrida” ao sistema de movimentações, o que é infrutífero, pois a ordem de manifestação não é fator determinante para definir a lotação dos empregados ocupantes de FG/CC”, afirma o diretor da APCEF/SP Leonardo Quadros.

Audiência – Na quarta-feira, 4 de março, haverá a audiência da ação que reivindica a suspensão da reestruturação para que haja discussão com as representações dos empregados da mitigação dos impactos das mudanças na vida funcional e pessoal dos trabalhadores.

Abusos cometidos por prepostos da Caixa, durante este processo, precisam ser denunciados às entidades representativas (APCEF e Sindicatos) para que a má conduta da Caixa, empresa-ré no processo, fique caracterizada e exista mais chances de sucesso na ação.

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