Está sendo noticiado na imprensa hegemônica que o atual presidente da Caixa, Gilberto Occhi, será o novo ministro da saúde. Isso deverá ocorrer para que Ricardo Barros (PP) possa deixar a pasta para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. É possível que a mudança aconteça até o dia 28 de março.
Occhi tomou posse na presidência da Caixa em 1º de junho de 2016 e desde então vem comandando a retomada do projeto de privatização do banco.
Logo no início de sua gestão, Occhi, que é ex-empregado de carreira da Caixa, anunciou que o banco precisava frear sua expansão e deixou claro que havia a intenção de vender os serviços de algumas áreas da instituição financeira.
As eleitas foram às áreas de loterias, cartões e seguros, intenção lembrada pelo presidente da Caixa diversas vezes em entrevistas e eventos. Dentre estas três a Lotex (as famosas raspadinhas) foi a primeira encaminhada para leilão (sem conclusão até o momento).
Sob o comando de Occhi também ocorreram três programas de desligamento, dois PDVEs (Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário) e o recente PDE (Programa de Desligamento de Empregados). Tudo isso em meio a falta de empregados que já afetava as unidades do banco, trazendo como consequência ainda mais acúmulo de funções e adoecimento. Isso sem contar o fechamento de agências e a as unidades obrigadas a parar o atendimento no horário de almoço por falta de pessoal.
Occhi não deixará saudades. Foi nomeado por sua ligação com o PP para colocar em prática as vontades do governo Temer, papel este que cumpriu perfeitamente. Foram quase dois anos de desmonte.
No entanto, o cenário não é animador, já que apesar da troca no comando a Caixa continuará nas mãos de aliados de Temer. Os nomes mais cotados no momento para substituir Occhi são os de Fábio Lenza (vice-presidente de Produtos e Varejo) e Marcos Fernando Jacinto (vice-presidente de Pessoas).
Mais uma vez, o governo manipula seus ministérios, secretarias e estatais em uma intensa dança das cadeiras que serve unicamente aos interesses políticos e não aos interesses do povo.