Da Contraf-CUT

Os seis maiores bancos que operam no Brasil lucraram R$ 25,9 bilhões no primeiro semestre de 2011, de acordo com levantamento da Subseção Dieese da Contraf-CUT. Esse ganho estrondoso significa um aumento de R$ 4,3 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado, um crescimento médio de 20,11%.

Confira na tabela abaixo: 

Bancos não querem pagar PLR maior
"Apesar do aumento dos lucros, os bancos não querem elevar a distribuição da PLR aos bancários, desrespeitando quem produziu esses ganhos bilionários", protesta o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro. A última proposta da Fenaban, rejeitada pelas assembleias dos bancários em todo país, prevê apenas reajuste de 8% sobre o modelo de PLR do ano passado, que estabelece uma regra básica e uma parcela adicional. "Isso significa um aumento real de somente 0,56%, distante do crescimento médio de 20,11% dos lucros dos bancos", compara.
A reivindicação de PLR dos bancários é o pagamento de três salários mais R$ 4.500 para cada funcionário. "O Brasil ocupa as últimas posições em distribuição de renda no planeta. Com esses lucros gigantescos, os bancos precisam fazer a sua parte, fazendo uma proposta decente para a categoria, com remuneração digna, o que passa sobretudo por elevação do aumento real, pagamento de uma PLR maior e valorização do piso", destaca Carlos Cordeiro. 

PLR aos aposentados e para todos os afastados
"Também reivindicamos o pagamento da PLR aos aposentados e para todos os afastados por acidente ou doença do trabalho", acrescenta Carlos Cordeiro.
"Os bancos precisam valorizar os seus aposentados, que muito trabalharam para a grandeza das instituições financeiras", justifica. "Já os bancários, que adoeceram e se encontram afastados há de um ano por motivos relacionados ao no trabalho, não podem continuar sendo discriminados na hora do pagamento da PLR", salienta. "Eles devem receber como se ativa estivessem, como sinal de respeito e dignidade", conclui.

PLR proporcional para quem foi dispensado ou pediu demissão
"Além de cobrar dos bancos PLR maior para todos os funcionários na ativa, queremos também o pagamento de PLR proporcional aos meses trabalhadores para todos os que foram dispensados ou pediram demissão ao longo do ano", salienta o presidente da Contraf-CUT.
Trata-se de uma reivindicação justa, que já está sendo reconhecida pela Justiça do Trabalho. Em ação movida pelo Sindicato dos Bancários do ABC, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo condenou o Bradesco a pagar a um ex-funcionário que pediu demissão a PLR proporcional ao período de trabalho no último ano, cujo contrato foi rescindido no dia 30 de setembro de 2010. 

Na Caixa, uma das lutas é pela manutenção da PLR Social
Engajados, como sempre, na campanha salarial e na luta por um índice de reajuste digno, os empregados da Caixa buscam, ainda, avanços nos itens específicos do banco, como questões de saúde, segurança, contratação de mais trabalhadores e isonomia, entre outros.
A luta é, também, pela manutenção do acordo coletivo do ano passado no que se refere ao pagamento da PLR Social – que correspondeu, em 2010, a 4% do lucro, distribuído linearmente entre todos os empregados.

Compartilhe: