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Comissão de Seguridade Social e Família Câmara dos Deputados realiza uma audiência pública, nesta quinta-feira, dia 3, em Brasília, para debater questões relacionadas a acidentes de trabalho no Brasil, com destaque para os impactos sobre a folha de Previdência Social e as despesas do Sistema Único de Saúde (SUS).

A discussão é de grande importância para a categoria bancária, pois consiste em um dos setores da economia mais atingidos por situações provocadas por acidentes de trabalho.

A necessidade da audiência, inicialmente, fez-se porque, segundo o Ministérios da Previdência Social e de Saúde, cerca de 700 mil casos de acidentes de trabalho são registrado em médio no Brasil todos os anos, excluindo os casos não notificados oficialmente. Além disso, o país gasta cerca de R$ 70 bilhões anualmente com esse tipo de acidente.

Entre as causas mais apontadas estão o maquinário velho e desprotegido, tecnologia ultrapassada, mobiliário inadequado, ritmo acelerado, assédio moral, cobrança exagerada e desrespeito a diversos direitos. Os acidentes causam fraturas, luxações, amputações e, ainda, a morte do trabalhador. Para resolver grande parte das situações, seria preciso a atualização constantes das fábricas e a adoção de medidas eficazes de segurança.

Ligado à isso também estão os casos de Lesões por Esforço Repetitivo e Distúrbios Relacionados ao Trabalho (LER/Dort), que incluem dores nas costas e cuja prevenção seria por meio de correções posturais, adequação do mobiliário e dos instrumentos, além da dosagem da carga de trabalho.

Em terceiro lugar, aparecem os transtornos mentais e comportamentais, como episódios depressivos, estresse e ansiedade.
Na categoria bancária, as doenças mentais superamos casos de LER/Dort e do total de auxílios-doença acidentários registrados pelo INSS em 2013, 52,7% tiveram como causas principais os transtornos mentais e dos sistema nervosos – de cada 10 bancários doentes, cinco são por depressão.

Na comparação de dados do período de 2009 até 2013, os casos de doenças do sistema nervoso e transtorno mentais e comportamentais, houve um crescimento de 64,28% no sistema financeiro: saltou de 3.466 para 5.694 casos.
Nos bancos, a cobrança é individualizada e isso gera tensão e sofrimento mental para o trabalhador. Por outro lado, o assédio moral e o ritmo intenso de trabalho causam várias doenças.

Fonte: Fenae Net

 

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