Crédito: Danilo Ramos – SEEB/SP

greve

Diante do silêncio dos bancos, a greve nacional dos bancários continua crescendo em todo o território nacional. Nesta quinta-feira 2, terceiro dia do movimento, as paralisações atingiram 9.379 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e Distrito Federal. Foram 1.706 novas unidades que aderiram à greve, um crescimento de 22,2% em relação à quarta-feira.

As informações foram enviadas à Contraf-CUT até as 18h pelos 134 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários. No primeiro dia de greve, na terça-feira 30, haviam sido fechadas 6.572 unidades. Já no segundo dia as paralisações alcançaram 7.673 dependências. Ou seja, desde o primeiro dia da greve, a paralisação cresceu 42,7%.

"É essa a resposta dos bancários ao silêncio da Fenaban. Estão ampliando a mobilização a cada dia em todo o país para mostrar a insatisfação e exigir uma proposta que contemple não apenas as reivindicações econômicas, mas também as demandas sociais, como proteção ao emprego, melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades ", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Os bancos são um dos setores mais rentáveis da economia brasileira graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. As seis maiores instituições, que empregam mais de 85% da categoria, tiveram lucro líquido de R$ 58,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano. Os bancários só sairão dessa greve com maiores avanços no salário, na valorização do piso e na melhoria das condições de trabalho", adverte Carlos Cordeiro.

Os bancários aprovaram a greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 25 de setembro e ratificaram a decisão no dia 29, quando rejeitaram uma segunda proposta dos bancos, elevando para 7,35% o reajuste dos salários e outras verbas salariais e para 8% o reajuste do piso salarial.

Bancários protestam contra independência do BC

Os bancários também realizaram nesta quinta-feira manifestações em pelo menos 11 capitais para combater a proposta de independência do Banco Central, que os bancos privados colocaram na agenda eleitoral ao incluírem o tema nos programas de governo de candidatos à Presidência da República.

Os atos foram convocados pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e receberam apoio e participação da CUT, da CTB, da Intersindical e vários movimentos sociais.

Fonte: Contraf-CUT

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