O governo de Michel Temer anunciou esta semana que irá desestatizar a Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S/A). A proposta de privatização segue os moldes do que ocorreu com a Vale e a Embraer e será apresentada pelo Ministério de Minas e Energia ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

Em nota enviada pelo Ministério à Eletrobras, o governo define a proposta como uma “democratização das ações da empresa na Bolsa de Valores”. O que se assemelha às intenções do mesmo governo para a Caixa. Como justificativa o Ministério utiliza a crise econômica enfrentada pelo país. Outra desculpa foi dada pelo ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, ao dizer que o processo poderá trazer redução no custo da energia elétrica. No entanto, em julho deste ano, Paulo Pedrosa, secretário-executivo do ministério, reconheceu em declaração ao jornal Valor Econômico que a energia se tornaria mais cara com as privatizações e a entrega da estatal.

Além disso, existe a possibilidade que a privatização da empresa acarrete demissões em massa, como ocorreu com outras empresas públicas que foram desestatizadas. E o mesmo caminho tende a ser seguido na Caixa, Petrobras, Correios e Banco do Brasil. Não é à toa que o governo Temer criou o PPI com uma agenda que inclui aeroportos, portos, empresas de energia, saneamento e a Lotex. A venda da Loteria Instantânea Exclusiva (as famosas raspadinhas) consta como parte do PPI.

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