Da Contraf-CUT

A maioria dos bancários da Caixa Econômica Federal decidiu manter a greve nacional nas assembléias realizadas na última sexta-feira, dia 16, pelos sindicatos de todo o País. As decisões mantêm a força da greve, que entra em seu 26º dia nesta segunda-feira nos 26 Estados e no Distrito Federal, de acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com dados dos sindicatos e da Fenae.

A greve permanece forte mesmo após o ajuizamento do pedido de dissídio pela empresa junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). "O ajuizamento de dissídio pela Caixa vai contra o desejo dos trabalhadores, que sempre apostaram em uma saída negociada para o impasse com a empresa. A manutenção da greve é uma resposta a essa atitude do banco" – avaliou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

O dissídio coletivo de greve foi instaurado no TST na quinta-feira, dia 15, a pedido da Caixa. O banco solicitou também, em caráter liminar, a declaração de abusividade e a determinação de volta ao trabalho, o que foi negado pelo tribunal (veja mais aqui).

O TST também agendou audiência de conciliação e instrução do dissídio, que acontecerá na próxima quarta-feira, dia 21. Na reunião o tribunal buscará intermediar um acordo entre as partes. Caso não se chegue a um entendimento nessa ocasião, o processo será encaminhado a um ministro do TST designado como relator, que será sorteado, o qual será responsável por examinar o tema objeto do dissídio e designar data para julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC). O julgamento, no entanto, só pode ocorrer caso haja concordância das duas partes envolvidas.

"O movimento sindical considera que o processo negocial é o caminho apropriado para a solução de conflitos entre patrões e empregados. Repudiamos a atitude da Caixa de recorrer à Justiça do Trabalho e reafirmamos nossa disposição de continuar buscando entendimento em mesa de negociação", afirma Cordeiro. Nesse sentido, o Comando Nacional orientou as assembleias de bancários de todo o país a desautorizarem as entidades sindicais a manifestarem concordância com tal procedimento no âmbito do tribunal (veja mais aqui).

• Nova reunião
O Comando Nacional e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) voltam a se reunir hoje, na capital, após a assinatura da Convenção Coletiva 2009/2010 com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A reunião definirá as orientações para os próximos passos do movimento dos empregados da Caixa.

Veja a relação das assembleias que deliberaram pela continuidade da greve na Caixa até as 20h30 de 16 de outubro: 

Acre
Alagoas
Andradina (SP)
Araranguá (SC)
Assis (SP)
Atibaia (SP)
Bahia
Bahia
Belo Horizonte
Blumenau (SC)
Brasília
Campina Grande (PB)
Campo Grande (MS)
Catanduva (SP)
Ceará
Chapecó (SC)
Concórdia (SP)
Corumbá (MS)
Curitiba
Divinópolis (MG)
Dourados (MS)
Espírito Santo
Feira de Santana (BA)
Florianópolis
Goiás
Guaratinguetá (SP)
Jaú (SP)
Joaçaba (SC)
Lins (SP)
Londrina (PR)
Maranhão
Marília (SP)
Mato Grosso
Mogi das Cruzes (SP)
Naviraí (MS)
Nova Friburgo (RJ)
Pará/Amapá
Paraíba
Pernambuco
Piauí
Ponta Porá (MS)
Porto Alegre
Presidente Prudente (SP)
Presidente Wenceslau (SP)
Ribeirão preto (SP)
Rio Claro (SP)
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rondônia
Rondonópolis (MT)
Roraima
Santos (SP)
São Carlos (SP)
São José do Rio Preto (SP)
São José dos Campos (SP)
São Miguel do Oeste (SC)
São Paulo
Sergipe
Sorocaba (SP)
Três Lagoas (MT)
Tupã (SP)
Vale do Paranhana (RS)
Vale do Ribeira (SP)
Videira (SC)
Vitória da Conquista (BA)
Votuporanga (SP)

Deliberaram nesta sexta pelo retorno ao trabalho as seguintes bases:

ABC Paulista
Itaperuna (RJ)
Taubaté (SP)

Já haviam encerrado a greve as bases de: 

Araçatuba (SP)
Arapoti (PR)
Araraquara (SP)
Bragança Paulista (SP)
Campinas (SP)
Caxias do Sul (RS)
Criciúma (SC)
Franca (SP)
Guaporé (RS)
Guarapuava (PR)
Guarulhos (SP)
Jau (SP)
Jundiaí (SP)
Limeira (SP)
Piracicaba (SP)
Santiago (RS)
Teófilo Otoni (MG)
Toledo (PR)
Umuarama (PR)
Vale do Caí (RS)

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