Da Agência Fenae

Os empregados da Caixa estão na luta pela marcação correta de sua jornada de trabalho, para exigir o pagamento de todas as horas efetivamente trabalhadas. Para por um fim a um sem número de fraudes e cobrar soluções, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) convoca os trabalhadores da empresa a realizarem um Dia Nacional de Luta pela marcação correta do ponto.
As mobilizações ocorrem em 4 de abril e visam combater a extrapolação da jornada e o trabalho gratuito. É preciso, além de urgente, pressionar a direção da Caixa a adotar medidas eficazes contra as fraudes. Uma das reivindicações é o fim do registro de horas negativas no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), assim como o fim do bloqueio de acesso motivado pela falta de homologação do gestor ou hora extra não acordada.
A situação é caótica em todo o País. O Sipon é um dos campeões de reclamações dos empregados. Em geral, a marcação da jornada de trabalho não é feita corretamente e as horas extras, quando anotadas, não são pagas nem compensadas. Os problemas se avolumam com a falta de empregados em todas as unidades.
A mobilização de 4 de abril é vista como fundamental para combater as irregularidades verificadas na marcação do ponto. Para isso, além das manifestações, a Contraf-CUT conclama os sindicatos e as federações de bancários a remeterem à diretoria da Caixa cartas, e-mails e mensagens, protestando contra os problemas provocados pela não marcação correta da jornada. Isto acarreta prejuízo para os trabalhadores, com a perda de dinheiro, com a infração ao regulamento do banco, com dificuldade de caracterização de acidente de trabalho e com o pagamento de multa, em caso de autuação trabalhista.
Portanto, o principal propósito do Dia Nacional de Luta pelo registro correto de todas as horas trabalhadas é corrigir uma das maiores fraudes no ambiente de trabalho da Caixa. O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, convoca os empregados do banco a participarem das manifestações do dia 4 de abril. Ele afirma que a falta de empregados traz, como consequência, extrapolação constante da jornada de trabalho, não realização da pausa de 10 minutos para cada 50 trabalhados, demora no atendimento dos clientes, não cumprimento da lei que limita a espera em 15 minutos e dificuldade de atendimento no período em que os empregados almoçam ou saem de férias.
De acordo com Jair Ferreira, a solução para esse e outros problemas está na contratação de mais empregados, no treinamento adequado dos trabalhadores e na correção e atualização dos sistemas do banco. Ele convoca o empregado a marcar diariamente no Sipon, por exemplo, o horário de entrada e saída do trabalho, ou seja, imediatamente após chegar ou antes de sair do seu posto de serviço, “pois o registro correto garante o pagamento integral das horas efetivamente trabalhadas”.
Para o vice-presidente da Fenae, “o importante é que os direitos dos empregados sejam preservados e respeitados pela direção da Caixa”. Esse é o espírito que norteará as manifestações do Dia Nacional de Luta pelo registro correto de todas as horas trabalhadas, que será realizado em 4 de abril.

Compartilhe: