O prazo para a validade do Projeto Remoto, modelo simplificado do home office previsto inicialmente pelo RH 226 e que foi implementado como forma de buscar o distanciamento social em decorrência da pandemia de Covid-19, termina em 30 de abril, um sábado. Até o momento, 18 horas desta sexta-feira (29), apesar de cobranças e questionamentos, a direção da Caixa não se manifestou sobre sua prorrogação e nem encaminhou aos empregados e chefias das unidades orientações sobre como proceder a partir da segunda-feira (2/5).

As entidades representativas têm cobrado da direção do banco um modelo de home office para ser implementado independente da pandemia, e que resolva as diversas distorções presentes no RH 226 e no Projeto Remoto, como o registro da jornada, pagamento de ajuda de custo, garantias trabalhistas e das condições de saúde dos trabalhadores. Após a publicação, pelo governo federal, da MP 1.108/2022, que precariza ainda mais o teletrabalho, a direção da Caixa tem se esquivado de debater o assunto, e tenta desvirtuar o home office, usando-o, por exemplo, como forma de não pagar horas extras, como ocorreu na Vilop. Fato que só foi revertido após a intervenção da Apcef/SP e do Sindicato dos Bancários.

“Infelizmente, fatos como este mostram o tratamento desrespeitoso que os empregados têm recebido da administração do presidente Pedro Guimarães. Tentamos avançar na discussão de um modelo de teletrabalho que preserve a saúde e os direitos dos empregados, mas, aparentemente, a direção aposta na desregulamentação prevista na MP. Para o caso concreto, em que a direção está sendo omissa em fornecer orientações, entendemos que os empregados que ocupam as funções de chefia não devem puxar para si a responsabilidade por determinar o retorno ao trabalho presencial dos colegas que estão em home office”, disse o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

“A direção da empresa deve formalizar seu posicionamento de forma inequívoca. Se a direção pretende utilizar o home office como estratégia de organização do trabalho, precisa discutir o modelo desta implementação com os empregados. Não é uma atitude responsável deixá-los neste estado de incerteza, como fez neste mês”, concluiu.

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