Os delegados do 30º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) aprovaram neste domingo (8), por maioria de votos, o apoio à candidatura à reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT). A proposta foi apreciada na plenária geral que encerrou o evento, realizado no Hotel Holiday Inn, na capital paulista, desde sexta-feira.

Durante os debates, Maria Rita Serrano, representante suplente dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, lembrou os momentos difíceis durante os governos que antecederam o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Se continuasse o projeto neoliberal de FHC, que tinha entre os objetivos o de desmontar e privatizar a Caixa, não estaríamos neste Conecef. O momento político atual requer responsabilidade de todos nós”, afirmou.

Rachel de Araújo Weber, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, também se manifestou a favor do apoio a Dilma. “Em outubro, teremos duas opções: uma da esquerda que é possível e outra de direita. Não podemos vacilar. Nós, trabalhadores, temos lado definido. É o lado do aumento real de salários, da redução da pobreza, dos programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida”, disse.

Ao encerrar o 30º Conecef, Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), órgão que assessora a Contraf/CUT nas negociações com o banco, enalteceu a coragem do Conecef para aprovar a proposta. “Mais uma vez, nosso Congresso demonstra a vanguarda e a ousadia das trabalhadoras e dos trabalhadores da Caixa. É preciso ter a responsabilidade de discutir o Brasil que queremos, sem retrocessos”, declarou.

Propostas para presidenciáveis
Ainda na plenária geral deste domingo, os participantes do Conecef referendaram uma pauta de reivindicações da classe trabalhadora que será encaminhada aos candidatos à Presidência da República do campo da esquerda. Para Fabiana Matheus, que também é diretora de Administração e Finanças da Fenae, “a decisão é mais uma prova do protagonismo, da unidade e da maturidade dos delegados”.

Eis a pauta de reivindicações dos trabalhadores: fim do fator previdenciário; fim das privatizações; contra a criminalização dos movimentos sociais; desmilitarização da PM; reforma agrária já; mais verbas para saúde, educação, moradia e transporte – chega de corte orçamentário nas áreas sociais; alteração da atual política econômica, que segue elevando os juros, beneficiando banqueiros e privilegiando o pagamento da dívida; fim das isenções fiscais às grandes empresas; criminalização da homofobia; mais verbas para o combate à violência contra as mulheres; defesa incondicional da Caixa como banco público, com forte papel social, desvinculado da lógica de mercado; valorização e respeito aos empregados da Caixa, com novas contratações que supram a real necessidade de trabalho, combatam a epidemia de doenças ocupacionais e acabem com a atual lógica de terceirização/correspondentes bancários; garantia da jornada de seis horas sem redução salarial e com isonomia de todo o setor bancário – trabalho igual, salário igual; fim do assédio moral e das metas, que hoje são abusivas e adoecem os bancários; e atendimento das reivindicações do 30º Conecef.

Fonte: Fenae Net

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