Após pressão das entidades, foi agendada para 11 de janeiro, quarta-feira, às 9h30, uma rodada de negociações entre a Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT) e a Caixa para discutir a questão do caixa executivo. Contrariando o que foi acertado com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), a empresa divulgou, em 5 de janeiro, as novas atribuições e a sistemática de nomeação dos caixas.
A postura do banco causou indignação ao conjunto de trabalhadores. A APCEF/SP orienta os empregados a manifestarem-se por meio do Viva Voz, demonstrando toda a sua insatisfação com a falta de compromisso da Caixa com o processo de negociação.

• O que diz a Caixa

O banco divulgou a criação de uma nova função nas agências: o caixa de ponto-de-venda que, segundo o banco, substituirá as atribuições do caixa executivo. Nos casos em que o número de empregados exercendo a função de caixa executivo seja maior do que o de vagas definidas para a unidade, excepcionalmente, serão acatadas todas as designações. O excedente deverá ser realocado para outros pontos-de-venda, dentro da abrangência do mesmo Escritório de Negócios, com defasagem de caixas, no prazo de 60 dias, a contar de 1° de janeiro.
Já nos casos em que o número de empregados exercendo a função de caixa executivo for menor do que o número de vagas definidas para a nova função, o gestor da unidade fará a indicação de acordo com critérios de prioridade como número de dias/horas na atividade de caixa, número de dias de lotação em ponto-de-venda e tempo de exercício na Caixa.

• Reunião servirá para cobrar o que foi combinado

A Caixa havia comprometido-se, no Acordo Coletivo de Trabalho 2005/2006 para questões específicas da Caixa, a implantar, até 1º de janeiro, o cargo em comissão de caixa executivo, com a extinção do caixa flutuante. A reivindicação havia sido acatada pela direção do banco, que abriria 7.600 vagas, das quais 3.900 seriam ocupadas pelos caixas efetivos. As demais seriam providas por meio de Processo Seletivo Interno (PSI).
Além disso, comprometeu-se, ainda, a definir, em negociações, os critérios para nomeação das vagas. Após a assinatura do Acordo Coletivo para questões específicas, os debates continuaram a ser feitos dentro do processo de negociações permanentes e não estavam encerrados.

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