Da Agência Fenae

Na segunda rodada de negociações da Campanha Salarial Unificada de 2004, ocorrida em 6 de julho, na capital, a Executiva Nacional dos Bancários cobrou da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) aumento real de salário e garantia no emprego, ressaltando que o sistema financeiro tem condições de incorporar parcela da sua lucratividade e da sua rentabilidade aos salários de toda a categoria bancária.
Em resposta a essa reivindicação, os banqueiros alegaram dificuldades para conceder aumento real de salário, sob o argumento de que o atendimento dessa cláusula geraria aumento nos custos fixos do setor bancário.
A reunião entre bancários e banqueiros tratou, basicamente, das cláusulas econômicas e emprego. A Executiva Nacional dos Bancários cobrou ainda responsabilidade social da Fenaban e propôs, na ocasião, a garantia de emprego e a ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata das demissões imotivadas. Para esse pedido, a resposta dos banqueiros foi a regulamentação da política de demissões levada adiante por diversos bancos.
Como não houve avanços nesta segunda rodada de negociações, os temas econômicos e emprego voltarão a ser discutidos em 20 de julho, quando acontece novo encontro entre a Executiva Nacional dos Bancários e a Fenaban.
Estarão em debate também, nesta próxima rodada, itens como jornada de trabalho e cláusulas sindicais e sociais.

Calendário de atividades

No seminário que realizou em 5 e 6 de julho, na capital, a Executiva Nacional dos Bancários aprovou calendário de atividades para a campanha salarial deste ano, com o objetivo de intensificar a mobilização da categoria bancária em todo o País.
Pelo calendário aprovado, as atividades serão divididas por tema e por semana. Prioridade será dada para a participação dos bancários no dia nacional de luta e de mobilização por mudança na política econômica do governo federal e nas ações da campanha salarial unificada das categorias com data-base no segundo semestre deste ano. Essas atividades acontecem em 16 de julho e estão sendo organizadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A primeira semana do calendário abrange o período de 12 a 16 de julho, quando as federações e sindicatos de bancários deverão estimular debates em torno do aumento real de salário e das tarifas e juros cobrados pelos bancos. Os temas da segunda semana, de 19 a 23 de julho, são emprego e ampliação do horário de atendimento ao público, com dois turnos de trabalho. Na terceira semana, os bancários vão discutir participação nos lucros e resultados (PLR) e balanço anti-social dos bancos.

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