Da Contraf-CUT

A greve nacional dos bancários completa sete dias nesta terça-feira, 14 de outubro, com mais de 5 mil agências paralisadas em todo o País. Todas as assembléias dos 148 sindicatos representados pelo Comando Nacional, realizadas nesta segunda-feira à noite, mantiveram a continuação da greve até que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresente uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. A última base que ainda não havia entrado em greve, Criciúma (SC), também aprovou a paralisação.

• Audiência de conciliação
Por iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), que entrou com pedido de dissídio coletivo, nesta terça-feira 14 haverá audiência de conciliação entre o Comando Nacional e a Fenaban no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em São Paulo.
Os bancários estão programando manifestação em frente à sede do tribunal durante a reunião, que começará às 14 horas.
“Para atender à convocação, os bancários participarão da audiência de conciliação, mas é preciso deixar claro que a Contraf-CUT, por princípio, é contrária à interferência da justiça do trabalho nos conflitos entre capital e trabalho” – afirmou Vagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. “A disputa entre trabalhadores e empresas deve ser resolvida na mesa de negociações, sem interferência do Estado.”
A greve se ampliou esta semana, apesar da truculência das empresas, que aumentam os pedidos de interdito proibitório e as ameaças aos trabalhadores para impedir o direito constitucional de greve. Em contrapartida, vários sindicatos do País estão conseguindo derrubar os interditos proibitórios na Justiça.
O Comando Nacional dos Bancários, em reunião realizada sábado em São Paulo, orientou pela continuidade da greve até que a Fenaban apresente uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. O Comando fará nova reunião em 15 de outubro.
Os bancários rejeitaram, na semana passada, proposta de reajuste de 7,5% apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), por considerá-la insuficiente e não condizente com a alta rentabilidade do setor. Pela proposta, a PLR (participação nos lucros e resultados) seria inferior à paga no ano passado.
As principais reivindicações dos bancários são:
. 5% de aumento real (a proposta da Fenaban é de apenas 0,35%);
. valorização dos pisos salariais;
. aumento do valor e simplificação da distribuição da PLR (Participação nos Lucros e Resultados);
. vale-refeição de R$ 17,50;
. cesta-alimentação equivalente a um salário mínimo (R$ 415);
. fim das metas abusivas e do assédio moral;
. mais segurança nas agências;
. mais contratações.

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