Leia, abaixo, íntegra de documento encaminhado pela diretoria da APCEF/SP para o presidente da AGECEF Campinas, Rovilson Ribeiro, em 11 de outubro. Ofício tem como teor a Campanha Salarial 2007.

“Prezado diretor,

Foi com surpresa que recebemos informação, pelos nossos associados, de manifestações encaminhadas nos últimos dias por essa Agecef/CP.
De acordo com relatos, os manifestos incitam o conjunto de gestores da Caixa contra a APCEF/SP, os Sindicatos de Bancários e a Fenae por conta da posição defendida por essas entidades em relação à proposta apresentada pelo banco para o desfecho da Campanha Salarial 2007.
Causou-nos surpresa tais manifestações tendo em vista que, durante todo o processo de construção da campanha salarial, não vimos nem ouvimos dizer sobre algum tipo de envolvimento ou participação dessa entidade no sentido de contribuir na luta por um bom acordo para os trabalhadores da Caixa. Também não ficamos sabendo de nenhum tipo de manifesto de apoio e solidariedade aos empregados que estavam em greve buscando, para todos, uma melhoria no acordo.
Caro diretor, como em todos os anos, o processo da campanha salarial foi construído de forma democrática desde a definição da estratégia e da pauta de reivindicação até as avaliações de propostas pelas assembléias em todo o País.
A APCEF/SP, como sempre, posicionou-se em relação à última proposta apresentada pela Caixa e de forma clara e transparente apresentou sua avaliação: a proposta avançava em alguns pontos, mas estava abaixo do que era reivindicado e merecido por seus trabalhadores. Contudo, a alternativa seria o julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e que não valia a pena correr o risco, tendo em vista o histórico do tribunal. Tal posição foi amplamente divulgada em nosso site e boletim eletrônico, assim como apresentada na assembléia da capital e no jornal APCEF em Movimento.
A história centenária da APCEF/SP e a dos sindicatos e da Fenae está repleta de lutas em defesa dos empregados da Caixa e da própria empresa. No caso específico dos gestores, gostaria de relembrar os avanços nas últimas campanhas salariais como extinção do mercado D, aplicação do índice no CTVA, pagamento de PLR sem teto. Além disso, no cotidiano, essas entidades não se furtam de denunciar situações como assédio moral, destituição de função como forma de pressão e falta de critérios claros para distribuição de metas pela empresa.
Queremos crer que tais manifestações deram-se em um momento de forte pressão e que a posição será reavaliada por essa diretoria.
Reafirmamos todo o respeito da APCEF/SP pelo conjunto de gestores da Caixa e o nosso compromisso na luta pelas suas legítimas reivindicações.
Conclamamos essa diretoria à unidade, para que, juntos, consigamos avançar cada vez mais na ampliação dos direitos e nas melhorias das condições de trabalho dos empregados da Caixa.

Atenciosamente,

Diretoria Executiva
APCEF/SP
Gestão Nossa Luta”

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