A mortalidade por câncer de próstata aumentou cerca de 10% em cinco anos, subindo de 14.542 (2015) para 16.033 (2019), segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), obtidos pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Para alertar sobre os riscos e estimular os cuidados com a saúde da próstata, a Fenae apoia iniciativas como a campanha mundial Novembro Azul, para a prevenção do câncer de próstata, que este ano completa uma década de realização no país.   

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, chama a atenção para os dados nacionais sobre os impactos da pandemia na saúde de pessoas com próstata, a exemplo dos que são apresentados pela SBU. A entidade médica informa que são esperados 65.840 novos casos de câncer de próstata para 2021, porém muitos podem nem ter sido diagnosticados.

Após quase dois anos de pandemia, o Ministério da Saúde verificou uma redução de 21,5%1 das cirurgias para retirada da próstata por câncer na comparação entre 2019 e 2020. O órgão executor das ações e políticas de saúde registrou também que a coleta de PSA e de biópsia da próstata, que junto com o exame de toque retal diagnosticam a doença, tiveram quedas na ordem de 27%2 e 21%2, respectivamente.   

“Enquanto entidade de defesa dos empregados da Caixa e aliada no oferecimento de programas de incentivos à vida saudável, o cuidado com as pessoas é prioritário para a Fenae e para as Apcefs (Associações de Pessoal da Caixa). Por isso estamos juntos apoiando campanhas de alerta para atitudes saudáveis e de estímulo a exames preventivos para a saúde da próstata”, ressalta Sergio Takemoto.   

Outro dado do Ministério da Saúde é sobre o número de consultas urológicas no Sistema Único de Saúde (SUS), que também caiu 33,5%2, assim como as internações de pacientes com o diagnóstico da doença que tiveram queda de 15,7%1. Em matéria divulgada pelo Portal da Urologia, o médico e presidente da SBU, Antonio Carlos Pompeo, alerta que a queda nos números é preocupante, podendo causar um efeito de mais diagnósticos tardios em longo prazo. 

“A Fenae tem tradição de se engajar nessa campanha como uma medida para reforçar a importância do diagnóstico precoce e também pelo combate ao preconceito, que acaba prejudicando a vida de milhares de pessoas no país”, observa Rachel de Araújo Weber, diretora de Políticas Sociais da Fenae.

Também é importante reforçar que a data engloba as mulheres trans, travestis e pessoas com identidade de gênero não-binaria. Esse grupo, que possui próstata, também está sujeito à doença.

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