Desmobilizar os trabalhadores. Essa é a estratégia baixa anunciada pela vice-presidente de RH da Caixa, Girlana Peixoto, em Live para os trabalhadores no dia de ontem (16/7). O discurso não é novo. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães já preparava o terreno em suas muitas reuniões regionais, onde tentava convencer os trabalhadores a renunciar a seus diretos em prol da continuidade do plano. 

Segundo a direção da empresa, a solução seria as propostas que vem defendendo de acabar com o grupo familiar, fazendo a cobrança por dependente, quando é exatamente o contrário, o que inviabilizará o plano será a implantação do teto de 6,5% das folhas de pagamento. O modelo 70/30, com um pequeno reajuste, dividido proporcionalmente ao salário de todos os usuários titulares, independentemente de ser grupo familiar ou individual, é que vai manter o plano sustentável e solidário.

A Caixa quer ludibriar os trabalhadores com discursos panfletários. Primeiro com a contratação dos empregados PCD’s que, ao contrário do que divulgam, aconteceu após ter sido obrigados judicialmente, em ação do Ministério Público em que a Fenae é assistente. Também tentam convencer que as entidades são as responsáveis pela não inclusão dos novos empregados no Saúde Caixa, quando, na verdade, a própria empresa colocou limites de gastos no estatuto para dificultar a entrada dos novos empregados no plano.

Mas por detrás da cortina de fumaça para esconder sua intenção privatista, a verdade está posta: se o se custeio 70/30 for mantido (sem teto de contribuição da Caixa) o plano é sustentável e gerou altos superávits durante toda sua existência até o exercício de 2015. Essa é a maior prova de que o pacto geracional, a mensalidade proporcional ao salário e cobrança por grupo familiar, com coparticipação de 20%, limitada ao um valor anual, é um modelo inclusivo e sustentável e, mais que isso, é o que até hoje garantiu a saúde e manutenção deste que é um dos direitos mais importantes dos trabalhadores da Caixa, o Saúde Caixa.

“A estratégia é baixa e sorrateira. Eles querem colocar os trabalhadores uns contra os outros e contra suas entidades de representação para enfraquecer a luta de um Saúde Caixa solidário e para todos! Não nos enganemos. Não vamos aceitar isso. Continuaremos um por todos e todos por um! Nossa força de negociação é justamente todos estarmos do mesmo lado exigindo que todos os trabalhadores da Caixa tenham direito ao plano”, afirma a Diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.

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