Em reunião virtual na tarde desta quarta-feira (3), a vice-presidência Rede de Varejo (Vired), em conjunto com a vice-presidência Varejo (Vimov), informou aos gerentes da Caixa as metas que devem ser alcançadas a partir de agora, em plena pandemia de coronavírus e em meio ao pagamento do Auxílio Emergencial.

A postura contraria compromissos firmados anteriormente. Em março, a direção da Caixa havia se comprometido a suspender a cobrança de metas durante a pandemia de coronavírus. Já no começo de abril, em documento, a vice-presidência de Varejo havia afirmado que “nenhuma unidade ou empregado terá impacto na sua carreira em razão dos resultados observados enquanto durar esta fase de confinamento”. Depois, no início de maio, havia comunicado a suspensão da GDP.

A videoconferência tratou das metas como se estivéssemos em situação de normalidade, e não em meio a uma pandemia que tira vidas e que reduziu a renda da população. A empresa desconsidera que sua meta deveria ser preservar vidas, pagar o Auxílio Emergencial e continuar oferecendo linhas de crédito às empresas.

“Gerentes têm chegado nas unidades antes das 7 horas, os empregados passam o dia todo gerando token para pagamento de Auxílio Emergencial, como vamos ainda cumprir metas?”, indignou-se um trabalhador.

Relaxamento das medidas de segurança – Ao mesmo tempo em que volta com a cobrança das metas, a Caixa também relaxa as medidas de segurança relacionadas à saúde de seus empregados, com o retorno de trabalhadores de áreas-meio que estavam em sistema de teletrabalho e mudanças nas regras de afastamento dos terceirizados.

O assunto deve ser debatido com a direção da Caixa pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE).

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