A Apcef/SP recebeu relatos de empregados de agências da região da Grande São Paulo, incluindo a capital, de que as chefias estariam aplicando o chamado “feedback estruturado” (que substituiu o MO 21.182), ação que precede o descomissionamento por justo motivo. Além disso, tem sido realizado rodízio entre os GGRs das agências, contribuindo para desestruturar as unidades às vésperas do pagamento do auxílio-emergencial.

Todo esse movimento ocorre em meio à cobrança abusiva de metas, em especial pela venda de ações da Caixa Seguridade. Os relatos dão conta de uma crescente pressão, com cobranças a cada duas horas e o estabelecimento de objetivos superiores ao previsto no Conquiste.

Os valores cobrados de cada gerente de varejo ou carteira chegaria à um milhão de reais. Os empregados contam que a chefia disse que, em abril, alcançar os objetivos acima do previsto para a venda das ações seria mais importante do que fechar o mês em alta performance no Conquiste.

:: Com filas pelo auxílio-emergencial, direção cobra dos empregados venda de ações

“A impressão que passa é que a direção do banco está desesperada para finalizar o processo e que nada mais importa. Uma chefia dizer que o mais importante são as vendas da Caixa Seguridade e não o Conquiste é sintomático e preocupante. Vamos apurar os casos e buscar tratar com os responsáveis”, diz o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “Neste momento, a meta deveria ser a preservação da vida e a garantia do acesso da população aos serviços essenciais, mas essas práticas mostram que a prioridade da direção do banco é outra”, conclui.

Denuncie – Se você recebeu “feedback estruturado”, foi transferido de agência ou está sofrendo cobrança abusiva de metas, entre em contato pelo Fale Conosco ou pelo e-mail sindical@apcefsp.org.br e denuncie.

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