O projeto que permite a terceirização irrestrita recebeu nesta quarta-feira, dia 22, parecer favorável na Câmara Federal. O deputado Laercio Oliveira (SD-SE) apresentou parecer favorável ao projeto sobre a terceirização (PL 4302/98), que permite seu uso em todas as atividades de uma empresa, incluindo a atividade-fim.

O deputado apresentou parecer pelas comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

Ainda será preciso que os deputados votem um substitutivo do Senado para a matéria, que também aumenta de três para seis meses o tempo do trabalho temporário.

A terceirização ampla é exigência das representações patronais, que querem reduzir custos oferecendo aos trabalhadores remuneração inferior e limitando direitos.

Quem viveu, sabe bem – Os empregados da Caixa que já viveram essa situação durante o governo Fernando Henrique Cardoso sabem bem o significado da terceirização dentro da empresa. Em 1998, por exemplo, eram 55.437 empregados e 39.422 terceirizados, segundo informações do Banco Central e da Caixa.

MOPV – Em fevereiro de 1999, o jornal APCEF/SP em Movimento denunciou que a Caixa terceirizava os trabalhos da retaguarda com a implantação do projeto Modelo Operacional de Ponto de Venda (MOPV) e locação de mão de obra por salários baixíssimos para realizar operações típicas de caixa-executivo, deixadas por clientes no autoatendimento.

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