Os representantes dos empregados ativos e aposentados nos comitês de assessoramento técnico da Funcef debateram nesta quarta-feira, dia 14 de setembro, em Brasília (DF), os problemas enfrentados para a consolidação e o fortalecimento dessas instâncias, como instrumento da boa governança e da eficiência na gestão do patrimônio dos associados. Discutiram também a estratégia para a atuação no próximo período. O diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto, integra o comitê de assessoramento técnico de Investimentos da Funcef.

As discussões por bancada (associados, Caixa e Funcef) integraram a programação do primeiro dia do seminário dos Comitês de Assessoramento Técnico da Funcef, evento que prossegue nesta quinta-feira, dia 15 de setembro, com pauta comum às três partes.

São quatro os comitês instituídos na Funcef em outubro de 2008: Benefícios, Ética, Investimentos e Qualidade das Informações Contábeis e de Auditoria. Os comitês de Auditoria e Ética são compostos com seis membros cada, o de Benefícios com 10 e o de Investimentos com 12. A composição é paritária, com 50% dos membros (titulares e respectivos suplentes) indicados pelos conselheiros deliberativos eleitos e 50% pela Caixa e a Funcef.

Os debates na bancada dos associados contaram com a participação de diretores e conselheiros eleitos da Funcef e de dirigentes de entidades representativas dos associados. Os conselheiros eleitos presentes foram Fabiana Matheus e Olívio Vieira, enquanto os diretores eleitos foram José Carlos Alonso e Antônio Bráulio de Carvalho.

Na abertura do encontro, o presidente da Fenae, Pedro Eugenio Leite, destacou a importância dos espaços conquistados pelo movimento dos associados no âmbito da Funcef, incluindo eleição de diretores e conselheiros e a instituição dos comitês de assessoramento técnico.

“Temos os canais de participação, mas precisamos aprimorá-los e fortalecê-los cada vez mais, porque sabemos que há fortes interesses em permanente disputa e temos que fazer a defesa da Funcef como patrimônio dos associados, deixando claro que os investimentos com nossos recursos não podem ficar à mercê das políticas de governo”, frisou Pedro Eugênio.

Pela Federação Nacional das Associações dos Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef) falou Olívio Gomes Vieira, que é também diretor para Assuntos de Aposentados e Pensionistas da Fenae, e conselheiro deliberativo eleito da Funcef. Na opinião do dirigente dos aposentados, os comitês de assessoramento já demonstraram que têm papel relevante a cumprir e precisam ser prestigiados como canal de participação dos associados nos desígnios da Funcef.

A conselheira eleita Fabiana Matheus, que é também diretora de Administração e Finanças da Fenae, e o diretor eleito José Carlos Alonso contribuíram com as discussões situando os comitês de assessoramento no processo de democratização da Funcef, com resgate das concepções e propósitos que nortearam o movimento dos associados na defesa da criação desses órgãos.

Fabiana lembrou que, face às fortes resistências da Caixa, a criação dos comitês foi obra da persistência do movimento dos associados e que estes órgãos continuam tendo como pilares de sustentação as entidades associativas e sindicais – Fenae, Fenacef, Fenag, Unei, Apcefs, Audi/Caixa, Contraf/CUT e sindicatos. “Colocamos mais olhos e mais ouvidos dentro da Funcef, mas esse é um processo em construção, porque há ainda um bom caminho a percorrer para a consolidação desses comitês”, enfatizou a conselheira.

José Carlos Alonso citou como papel dos comitês de assessoramento promover a interação entre os participantes e o fundo de pensão, assim como uma mudança de cultura não só na Fundação como no próprio movimento. “Os comitês ainda estão longe de ser o que desejamos, mas temos que continuar a construir o que entendemos ser o desejo dos associados”, disse ele.

Alonso considera indispensável investir em estrutura para dar suporte à atuação dos representantes dos associados em todas as instâncias da Funcef – diretoria, conselhos e comitês de assessoramento.

Diagnóstico
Os representantes dos associados procuraram fazer um diagnóstico da atuação dos comitês desde que foram criados, em 2008, apontando as deficiências e os erros, assim como os saldos positivos e as perspectivas. Foi analisado um comitê de cada vez, a partir de explanação geral por um de seus membros, com complementações dos demais.

Antônio Luiz Fermino (Seeb/PR) abriu a discussão sobre o comitê de Benefícios, Jair Pedro Ferreira (Fenae) a do comitê de Investimentos, Jair José Neves Quadro (Audi/Caixa/PR) a do comitê de Qualidade das Informações Contábeis e de Auditoria e Hudenntorf Mitraud da Silva (Apcef/MG) a do comitê de Ética.

Os debates apontaram quatro grandes desafios na consolidação dos comitês: comunicação com os participantes, preparação prévia para os debates e as deliberações, formação sobre previdência e suporte técnico.

Fonte: Fenae Net

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