Se a palavra tranquilidade já não fazia parte do dia a dia dos empregados da Caixa, depois da notícia da reestruturação, então, é que a insegurança tomou conta do quadro funcional do banco.
Sem dar detalhes sobre um processo que envolve, entre outros pontos, extinção de setores, mudança de lotação, perda de função e redução de salários, a direção da Caixa apenas deu a certeza de uma coisa, a data de início efetivo da reestruturação: 1º de julho.
As entidades representativas dos empregados recebem, diariamente, diversos questionamentos de trabalhadores, que não sabem o que fazer diante das mudanças impostas pela empresa.
Diante disso, os membros da Contraf-CUT e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) estão tentando agendar uma reunião com o vice-presidente de Gestão de Pessoas – responsável nacional pelo processo de reestruturação -, Édilo Ricardo Valadares, para questionar os objetivos de tais mudanças e expor as preocupações e as dúvidas dos trabalhadores, além de pedir a garantia das funções e a não redução de salários.

• Ação coletiva
Caso não haja avanços nas negociações com a vice-presidência da Caixa, a APCEF/SP ingressará com ação coletiva contra a Caixa.
De acordo com a assessoria jurídica da Associação, a ação coletiva terá por objetivo a garantia de direitos dos empregados no processo de reestruturação da Caixa, com pedido de liminar.
“Os empregados estão totalmente perdidos e sem informação alguma em relação ao seu futuro profissional no banco, situação absurda em uma empresa que se diz uma das melhores para se trabalhar”, indignou-se o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto. “Já foram várias as tentativas de se estabelecer um diálogo com a direção da Caixa para discussão dos itens que envolvem a reestruturação, sem sucesso. Queremos a garantia de direitos em benefício do trabalhador e vamos lutar por isso”, completou.

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