Está em tramitação na Câmara dos Deputados um projeto que pretende acabar com o monopólio da Caixa com o penhor. A proposta é de autoria do deputado Paulo Eduardo Martins (PSC/PR).

O texto autoriza pessoas jurídicas de direito privado a prestarem serviço de penhor de bens móveis e extingue o monopólio do penhor concedido à Caixa. Essa exclusividade existe desde 1969.

O penhor é conhecido como uma linha de crédito com uma das menores taxas do mercado e sem burocracia. No entanto, a quebra do monopólio da Caixa nos termos deste projeto não faria apenas com que outros bancos pudessem operar este tipo de atividade, mas com que qualquer pessoa jurídica possa oferecer o serviço.

Paulo Eduardo alega em seu projeto que os motivos que levaram ao governo criar o monopólio de penhor não existem mais. São eles: a) facilitação da agiotagem; b) viabilização de lavagem de dinheiro; c) realização de extorsão; d) ausência de controle do Estado; e) viabilização de venda de bens roubados ou furtados.

O texto do projeto diz que “certamente, poder-se-ia vislumbrar tais motivações no passado, entretanto, no atual momento tecnológico, há como regular adequadamente o exercício dessa atividade de forma a evitar que se utilize o penhor para a consecução de atividades criminosas”. Porém, basta acompanhar o noticiário para saber que tais práticas estão longe de ser raridade.

Além disso, a proposta alega que o serviço é subexplorado pela Caixa, problema cuja melhor solução seria expandir o número de agências do banco que operam o penhor e investir na qualificação de seus empregados, além de realizar a substituição dos avaliadores dos altos graus da carreira que se aposentam ou saem do banco.

No momento, o projeto está na Coordenação de Comissões Permanentes da Câmara.

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