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Em reunião realizada no início de agosto, a Superintendência Regional (SR) Ipiranga se isentou da responsabilidade das irregularidades que estão ocorrendo com empregados lotados na SR.

Os representantes dos empregados apontaram diversos problemas. O desvio de função é um dos principais e atinge caixas e tesoureiros. No caso dos caixas, foi constatado que muitos empregados estão tendo de deixar o trabalho nos guichês para realizar outras tarefas, até mesmo indo para o atendimento junto aos caixas eletrônicos.

Por conta dessa situação, tesoureiros também estão em desvio de função cobrindo a ausência dos caixas.

Há também muitos relatos de constante pressão para cumprimento de metas abusivas. A própria Convenção Coletiva de Trabalho da categoria determina que os trabalhadores não podem ser expostos em rankings de desempenho e cobrados por meio de mensagens no telefone particular (cláusula 36), além de também estabelecer o Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho (cláusulas 56 e 57), que visa a valorização dos empregados por meio do respeito. Ambos, uma conquista de anos de luta.

Segundo pesquisa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a cobrança excessiva de metas é o principal fator que leva ao adoecimento entre os bancários.

Outro ponto discutido foi a prática de horas negativas. Muitos empregados estão sendo levados a compensar horas de trabalho ainda nem feitas, no entanto, não existe banco de horas na Caixa, o que torna a prática ilegal.

Em resposta aos questionamentos, a SR Ipiranga apenas informou que todos os casos não ocorrem por determinação do banco e que irá orientar os empregados sobre as irregularidades.

"Os gestores isentam-se de toda e qualquer responsabilidade sobre as irregularidades cometidas. É preciso denunciar e participar das mobilizações para coibir essas práticas absurdas!", destaca o diretor da APCEF/SP Leonardo Quadros.

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