O papel social da Caixa está cada vez mais uma vez ameaçado. Nesta quarta-feira (1º), com 260 votos a favor e 111 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou o fim da exclusividade da Caixa na operação de penhor, conforme previsto no PL 4.188/21, de autoria do Executivo. O projeto agora segue para o Senado Federal.

O penhor, que foi a primeira operação de crédito da Caixa, cumpre função importante ao conceder empréstimos com garantia de bens móveis a taxas de juros menores, para a população. O banco conta com profissionais gabaritados, expertise, que garante segurança e lisura às operações.

Tirar esse processo da instituição só interessa ao setor privado. Algumas consequências podem ser geradas caso a mudança seja aprovada: aumento das taxas de juros, facilitação de agiotagem, ausência de controle do Estado e outras atividades ilícitas.

A direção do banco vem assistindo o processo contra a exclusividade do serviço de braços cruzados. Apesar de gostar de incluir nos discursos a importância do papel social da Caixa, Pedro Guimarães, presidente do banco, nada fez para assegurar que este serviço continuasse nas mãos da instituição.

As entidades representativas dos empregados, por sua vez, lutaram contra a aprovação da medida na Câmara, e agora travarão esta batalha no Senado.

A Fenae publicou uma carta aberta na qual explica a importância da exclusividade do penhor na Caixa e o que isso representa entre as ameaças que o banco sofre. Confira aqui.

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