No último dia 18, os empregados da agência Curuçá, localizada em São Miguel, zona leste da capital, decidiram retardar a abertura da unidade por duas horas em protesto pelas más condições de trabalho decorrentes de problemas de infraestrutura no local.

Problema antigo
Todo ano é a mesma coisa: com a chegada do verão, empregados e clientes são obrigados a conviver com um calor insuportável por causa da falta de ar-condicionado na unidade. Além disso, os móveis estão em péssimo estado de conservação e o piso está mofado, o que agrava a situação de quem tem problemas respiratórios, como asma, bronquite e rinite.
O diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto, e os dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osaco e Região e da Fetec-CUT/SP participaram da manifestação na agência (foto abaixo).
Na ocasião, os representantes dos trabalhadores conversaram com os empregados sobre os problemas enfrentados e, também, explicaram o porquê do protesto aos clientes, que se aglomeravam na porta da unidade em virtude do atraso na abertura da agência.
“Já havíamos conversado com o banco várias vezes sobre esses problemas e a área competente ficou de resolver a situação. Há mais de quatro anos, o quadro persiste e nada de concreto foi feito para solucioná-lo”, afirmou Sérgio Takemoto durante a manifestação.
De acordo com relatos de empregados, com a chegada do verão, os trabalhadores são obrigados a conviver com o calor insuportável, sem contar o número de clientes que passam mal por causa da falta de ventilação adequada.

Providências
O gerente da área de infraestrutura da Caixa (antiga Gimat/SP) esteve no local, no dia 18, ao saber da manifestação, e comprometeu-se a tomar providências, em caráter emergencial, já no fim de semana dos dias 20 e 21 de novembro.
De acordo com o representante da Caixa, o reparo do ar-condicionado, a higienização dos carpetes, o conserto de parte do telhado e dos forros, que ocasionam vazamentos, seriam efetuados.
Os representantes dos empregados conseguiram, também, junto ao setor da Caixa, o compromisso do banco de estipular um cronograma para que os dirigentes sindicais e os trabalhadores possam acompanhar de perto o serviço dos técnicos da manutenção.
“Ressaltamos a importância da participação e da mobilização dos empregados na busca de soluções para os problemas. Nesse caso, a adesão foi total, o que garantiu o atendimento das reivindicações”, afirmou o diretor-presidente da APCEF/SP. “Somente com a união dos trabalhadores e a ação efetiva das entidades representativas dos empregados é que avançamos nas conquistas da categoria bancária”, reforçou.

Muitas reclamações
A APCEF/SP recebe, rotineiramente, reclamações de empregados de todo o Estado, em especial nesta época do ano, referentes a problemas nos aparelhos de ar-condicionado e nos sistemas de ventilação das unidades, o que compromete a saúde e o bem-estar de trabalhadores e clientes.
“Estamos acompanhando cada denúncia para que as providências sejam tomadas imediatamente pela Caixa no sentido de garantir condições dignas de trabalho e de atendimento”, finalizou Sérgio Takemoto.

Foto: Maurício Morais – Seeb/SP

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