Edição: 88 – Dezembro/2015

Greve nacional histórica completou 30 anos em outubro

Jornada oficial de 8 horas, vinculação a qualquer sindicato proibida, associação de pessoal que não se comprometia com a defesa de direitos dos trabalhadores da Caixa. Empregados de “primeira e segunda classe”, sob a ótica salarial, embora todos fossem da mesma classe de trabalho.
E a negociação salarial, como acontecia? Não acontecia. O reajuste, quando aplicado, era informado por telex. Telex? O que é isso?
Há 30 anos, em 30 de outubro de 1985, os empregados da Caixa faziam sua primeira e histórica greve nacional. O mote da luta era a jornada das 6 horas e o direito à sindicalização. A ambição era maior. A campanha significava o direito de o trabalhador fazer-se representar e reivindicar em novas lutas que, certamente, se seguiriam. Em novembro de 1985, poucos dias depois da greve nacional, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto da jornada de seis horas e do direito à sindicalização. Os empregados da Caixa sindicalizaram-se em massa.
“Muita coisa melhorou na empresa ao longo destes 30 anos. Mas ainda há muito que se conquistar: as condições de trabalho estão longe do ideal, a jornada é desrespeitada, faltam trabalhadores, a cobrança por metas é abusiva…”, lembra o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra. “A paralisação de 1985 deixou um legado muito importante para os trabalhadores do banco: a certeza de que avanços só vêm com luta. Quanto mais a categoria e as entidades representativas estiverem unidas e fortes, mais facilmente serão atendidas as reivindicações”, completa.

Bons e maus momentos
A busca pelos direitos tornou-se prática a cada ano. Em alguns períodos, especialmente com inflação descontrolada, a cada semestre. Não foram poucas as campanhas extraordinárias, distantes da data-base.  Algumas com bons resultados. Mas também, em data-base ou não, houve momentos muito amargos.

Nova República – O período da Nova República (1985-1990) marcou o início do processo de negociação, reconhecimento do delegado sindical e recomposição salarial acima da inflação em muitas das campanhas.
Em 1988, conquistou-se a equiparação salarial com os bancos federais (Banco do Brasil, Banco Central e BNDE). Até então, o salário na Caixa era o menor entre estas instituições.

Neoliberalismo I – Em junho de 1990, três meses após o início do Governo Collor, a Caixa demitiu 2 mil empregados alegando que a empresa estava “inchada”. Em protesto contra as demissões, houve paralisação em alguns Estados e, por causa dela, mais 39 demitidos. Todos foram reintegrados em processo de negociação concluído em outubro daquele ano. A imposição da Caixa para a readmissão foi o reajuste salarial pela inflação, mas parcelado.
Em 1991, nova campanha e 110 bancários demitidos em razão do movimento grevista. Estes empregados também foram readmitidos, mas no ano seguinte. Para isso, lutamos para a direção da Caixa cair, consequência da destituição de Collor de Mello.

Neoliberalismo II – No período 1995-2002, o INPC acumulado superou os 104%, mas a tabela salarial na Caixa foi corrigida em 28%. Perda real de salários. Campanhas realizadas, muitas delas encerradas com os Sindicatos recusando-se a assinar acordos coletivos, tão ruins eram as propostas da empresa.  
Em 2000, a Caixa mais uma vez valeu-se da demissão imotivada, regulamentada por ela com a RH 008, que atendia à política da instituição de enxugar o quadro de empregados. Foram 440 bancários dispensados. A Caixa vinha sendo preparada para a privatização. Estes empregados só seriam readmitidos em 2005.

Social-desenvolvimentismo – a partir de 2003, afastada a ameaça iminente de privatização, iniciou-se a caminhada pela retomada das negociações. Buscava-se, então, a mesa unificada de todos os bancários, o que acabou se efetivando. A aplicação integral da Convenção Coletiva da categoria bancária começou em 2005.  
Em 2003, o reajuste salarial ainda fora inferior à inflação. A partir de 2004 passou-se a registrar ganhos reais.
Também iniciou-se nesse período o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e PLR Social, a criação de novo modelo de plano de saúde (o Saúde Caixa) e do plano de benefícios (o Novo Plano da Funcef), a equiparação do valor da cesta-alimentação ao restante da categoria, a concessão do vale-cultura. É significativa a retomada dos concursos para a contratação de empregados, embora em boa parte em substituição a terceirizados: não se elevou, no fim das contas, o total de trabalhadores.

Tranquilidade?
Longe disso. Em dezembro do ano passado, o governo anunciou a possibilidade de abertura do capital da Caixa ou a ameaça restabelecida de privatização.
A partir de então, o movimento dos trabalhadores retomou a luta contra a iniciativa. Foram criados fóruns nacionais e estaduais com a participação das mais diversas entidades sindicais e associativas; buscou-se apoio de parlamentares de todo o País; organizaram-se manifestações, atos, reuniões, dias de luta, sempre na busca de apoio para manter o banco público.
Em abril, depois de toda a mobilização, a presidenta da Caixa anunciou que “a presidenta Dilma decidiu que a Caixa continua 100% pública”.
“Mas é ilusão acreditar que a nossa luta para por aqui. A cada momento, novos motivos surgem para unirmos nossas forças em defesa do banco e dos direitos dos empregados”, explica Kardec de Jesus Bezerra.
Agora, a ameaça tem o nome de PLS 555/2015, um projeto de lei do Senado que trata do regime societário e a função social de empresas públicas e sociedades de economia mista em relação às licitações, contratos e formas de fiscalização do Estado.
Na prática, corre-se o risco de processo que esvazie a Caixa, retirando-a da concorrência de outras instituições ou simplesmente submetendo-a ao interesse de alguns poucos investidores privados. “E, mais uma vez, vamos mostrar nossa disposição e impedir que o banco seja sucateado”, finaliza Kardec de Jesus Bezerra.

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Fatos importantes da Greve 85

– 6 de agosto: Dia Nacional de Luta – empregados da Caixa distribuem cartas abertas à população e enviam telegramas ao Ministério da Fazenda.

–  11 de agosto: paralisações de duas horas realizadas em agências de Brasília e do Ceará.

–   11 de setembro: o presidente da Fenae, José Gabrielense, recebe mensagem com informação que o ministro da Fazenda havia se manifestado contrário às reivindicações da categoria.

– 13 de setembro: cerca de 800 empregados da Caixa protestam e realizam uma passeata na Avenida Paulista, em São Paulo.

– 19 e 20 de outubro: realização do 1º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), no qual mais de 500 trabalhadores aprovam a data de 30 de outubro para a greve de 24 horas.

 – 30 de outubro: greve histórica, quando todas as unidades da Caixa são fechadas e praticamente todos os empregados cruzam os braços.

 – 4 de novembro: caravanas de empregados da Caixa ocupam Brasília. Pressionado, o deputado federal Pimenta da Veiga dá aval para o regime de urgência ao projeto de lei que estabelece a jornada de seis horas para a categoria.

–  28 de novembro: o projeto das seis horas é aprovado na Câmara dos Deputados. No mês seguinte, a proposta também passa pelo Senado Federal.

– 17 de dezembro: o presidente da República, José Sarney, sanciona a lei que garante a condição de bancário aos empregados da Caixa.

• Edição n. 88 – dezembro 2015 •

Bônus dá direito a descontos nas Colônias. Já pediu o seu?

bonus_site.jpg O associado Marcos Roberto, de Limeira, que utilizou o bônus para pagamento de parte da diária da Colônia de Suarão durante feriado municipal

Os associados da APCEF/SP têm muitos incentivos para se hospedar nas Colônias da Associação. Um deles é o bônus promocional, lançado em agosto.
O empregado da Caixa que está associado à APCEF/SP há pelo menos 1 ano tem direito a um benefício, o bônus promocional, para dedução no pagamento das diárias de uma das Colônias da Associação.
O cálculo do bônus é baseado no valor das 12 últimas contribuições e pode ser utilizado em qualquer época, baixa ou alta temporada, feriados ou pacotes.
“Ainda não conhecia a Colônia de Suarão e aproveitei o feriado de 20 de novembro para descansar no litoral”, conta Marcos Roberto Risso (agência Tatuibi, em Limeira). Ele viajou com toda a família por cerca de 4 horas para o espaço da APCEF/SP no litoral sul e aproveitou o desconto do bônus para pagar parte das diárias. “É um incentivo para viajarmos ainda mais. Gostei bastante da iniciativa da APCEF/SP e da Colônia também”, elogia.
Marcos já visitou os espaços da Associação em Avaré, Ubatuba e Campos do Jordão. “Também já me hospedei na Colônia da APCEF Santa Catarina, em Florianópolis”, conta o associado.
Quer saber o valor do seu bônus? Envie e-mail para superv.relacionamento@apcefsp.org.br ou ligue (11) 3017-8300.

Colônia de Avaré agora tem serviço de TV por assinatura

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Desde outubro, a Colônia de Avaré conta com o serviço de TV por assinatura. O serviço é disponibilizado em todos os quartos e, também, no restaurante e na área social. Até então, as transmissões eram feitas por uma antena parabólica.
A Colônia de Avaré está localizada na Fazenda Florada do Campo, no bairro Jacutinga, às margens da represa Jurumirim, sentido Itatinga.
As diárias incluem três deliciosas refeições, roupas de cama e de banho e serviços de camareiras.
Informações e reservas, ligue (14) 3848-3000 ou (14) 3732-9337.

Campos comemora chegada da primavera

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A Colônia de Campos do Jordão celebrou a chegada da estação mais florida do ano com a tradicional Festa da Primavera, em 26 de setembro.
Teve decoração especial, música ao vivo e cardápio caprichado. Para ver fotos do evento, acesse o banco de imagens do nosso site e www.facebook.com/apcefsp.

Associados participam de Festa Tropical em Ubatuba

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Em novembro, a Colônia de Ubatuba realizou um grande evento para celebrar o início da alta temporada no espaço.
A tradicional Festa Tropical aconteceu em 21 de novembro. Os associados foram recebidos em ambiente todo decorado, com mesas de frutas variadas e, claro, show musical com banda.
O grupo colocou todo mundo para cantar e dançar em uma apresentação marcada por sons variados, que passaram desde os clássicos da MPB até ritmos mais agitados, como o sertanejo.
Quer passar dias agradáveis neste belíssimo litoral? Ligue e faça sua reserva: (12) 3834-1450 ou (12) 3834-1451.

Alta temporada também é recebida com festa na Colônia de Suarão

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A Colônia de Suarão também preparou uma bela festa para marcar o início da alta temporada no litoral. A comemoração aconteceu no sábado, 21 de novembro, com a realização da tradicional Festa do Havaí.
Os hóspedes aproveitaram as mesas caprichadas de frutas e divertiram-se muito. A criançada brincou com a equipe de monitoria especializada e os adultos dançaram e cantaram em um show musical.
Os apartamentos de Suarão acomodam até seis pessoas, possuem televisão, ar-condicionado e cozinha completa. Faça sua reserva, (13) 3426-3860 ou (13) 3422-1136.

Roteiro turístico – Itanhaém

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• Cama de Anchieta
A Colônia da APCEF/SP do litoral sul está localizada em Suarão, um bairro de Itanhaém, conhecida por ser a segunda cidade mais antiga do Brasil e por suas belas praias.
Um dos pontos mais visitados de Itanhaém no verão é a Cama de Anchieta, localizada entre os costões da Praia da Gruta e da Praia do Sonho, que atrai turistas por sua história e pela bela paisagem.
Segundo a lenda, por sua semelhança com uma cama, o Padre José de Anchieta descansava nessas pedras e buscava inspiração para compor seus poemas e versos durante o período em que viveu na região, no século XVI.
O lugar é acessado por uma passarela que vai da gruta Nossa Senhora de Lourdes até a região. São 220 metros de comprimento por 1,60 de largura, com proteções laterais e deques suspensos, que permitem o acesso de pessoas com dificuldade de locomoção.

• Praia do Sonho
A Praia do Sonho é uma das mais procuradas por turistas em Itanhaém. São 800 metros de extensão repletos de belezas naturais, localizada entre os Morros de Sapucaitava, Piraguyra e Paranambuco.
Quando a visibilidade permite, é possível contemplar as Ilhas da Queimada Grande e da Queimada Pequena.
Sua orla possui excelentes restaurantes e coqueiros em toda sua extensão. É uma boa opção para prática de futebol, vôlei e caminhada.

• Edição n. 88 – dezembro 2015 •

 

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