Crédito: Jailton Garcia – Contraf-CUT

Os banqueiros, mais uma vez, frustraram as expectativas da categoria e não apresentaram nova proposta na rodada de negociação realizada com o Comando Nacional dos Bancários em 4 de setembro, na capital paulista.
Assembleias – diante do impasse, o Comando definiu um calendário de mobilização, que aponta a realização de assembleias em 12 de setembro em todas as bases sindicais do País para deflagrar greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 18, com assembleias organizativas no dia 17.
Rodada relâmpago – a reunião com os representantes dos bancos durou menos de meia hora. Contrariando as expectativas de que apresentariam novos avanços na mesa de negociação, os banqueiros mantiveram a proposta de 6% de reajuste (aproximadamente 0,7% de aumento real) feita no dia 28 de agosto.
“Com essa postura intransigente, os bancos empurram os bancários para a greve. Eles não mudaram de posição nem mesmo depois da divulgação da pesquisa do Dieese, na semana passada, revelando que 97% das categorias profissionais fecharam acordos com reajustes acima da inflação no primeiro semestre”, afirmou o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro.
Para o dirigente, o sistema financeiro, o mais dinâmico e rentável da economia, “tem condições de atender à reivindicação de aumento real de 5% dos bancários”.
Bancários querem negociar – a Contraf-CUT, conforme orientação do Comando Nacional, enviou carta à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na qual manifestou disposição para o diálogo e a resolução do acordo na mesa de negociação.
Foi acertado, também, o envio de ofícios aos bancos públicos, cobrando apresentação de propostas para as reivindicações específicas dos trabalhadores.
“Queremos continuar as negociações e buscar um acordo que contemple, sobretudo, aumento real, valorização maior do piso, Participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 4.961,28 fixos, mais contratações e garantias contra demissões imotivadas”, concluiu Carlos Cordeiro.