Da Contraf-CUT

Enquanto os bancários do Banco do Brasil começam a ouvir respostas para suas reivindicações, na Caixa Econômica Federal a rodada de negociação desta quarta-feira, dia 20, não resultou em qualquer avanço.
O banco praticamente não respondeu à nenhuma das cláusulas e as negociações na Caixa continuam em impasse.
“O que nós assistimos na mesa da Caixa é uma repetição do que vem ocorrendo na Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Entregamos nossa pauta de reivindicações complementares para o banco em 17 de agosto e mais de um mês depois não temos qualquer avanço. Isso é preocupante e aumenta a importância da greve do dia 26” – avaliou Plínio Pavão, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.
Para Plínio, os bancários da Caixa têm sido destaques nas manifestações e paralisações que ocorrem em todo o Brasil nesta Campanha. “Agora precisamos intensificar as atividades para pressionar a Caixa a apresentar propostas. Não basta apenas atender aos itens garantidos na Convenção Coletiva e que estão sendo negociados com a Fenaban. O banco precisa resolver nossos problemas específicos e só com mobilização é que vamos conseguir avanços” – afirmou Plínio.
Durante a rodada de negociações desta quarta, a Contraf-CUT cobrou vários itens considerados prioritários e que a Caixa alegou não ter resposta, como a extensão dos auxílios alimentação e refeição para os aposentados, novo PCS/PCC, cumprimento da jornada de seis horas e a retomada das promoções por merecimento. Quanto aos avaliadores de penhor, a Caixa informou que ainda está estudando as reivindicações. Sobre a previdência complementar, o banco disse que aguarda o final do prazo de adesão ao Saldamento e ao Novo Plano para ter uma idéia sobre o impacto das alterações para os cargos de arquitetos, engenheiros e outros profissionais.
“Também cobramos a nossa reivindicação sobra a PLR, já que hoje tivemos avanços no Banco do Brasil. Mas a Caixa informou que não tem nenhuma posição em relação a isso e que vai esperar o fim das negociações com a Fenaban para estudar a possibilidade de pagar a PLR além da Convenção Coletiva. Outra questão importante é a isonomia entre os novos e antigos empregados, que o banco também não mostrou vontade de atender. Esperamos que a greve do dia 26 mude este panorama” – ressaltou Plínio.

• Algumas mudanças

A Caixa apresentou aos bancários uma proposta que prevê o pagamento para os caixas de Retpv do mesmo valor de comissão que a Fenaban paga para o caixa executivo. Também estabelece o piso de mercado para os TA1, que é o menor dos níveis técnicos, em R$ 1.450.
“Na nossa visão, os riscos enfrentados pelos caixas de Retpv são os mesmos dos caixas de ponto de venda. Por isso, a nossa reivindicação é pela equiparação das verbas salariais. Mas o banco alega que ambos têm funções diferentes e quer pagar menos para os Retpv porque na visão da empresa as atribuições são menores. Temos de pressionar para que a Caixa atenda ao nosso pedido” – afirmou Plínio Pavão.
A Caixa também apresentou proposta para extinguir o cargo de gerente júnior e incorporar esses empregados aos atuais cargos de gerentes de relacionamento ou de atendimento, conforme o caso.

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