Foto: Augusto Coelho – Fenae

Em 15 de janeiro foi realizada a primeira rodada da mesa de negociação permanente entre a Contraf-CUT/CEE-Caixa e a Caixa neste ano, em Brasília. O encontro foi marcado pela ênfase dada pelos representantes dos empregados às questões relacionadas a condições de trabalho.
A pauta da reunião contemplou, ainda, a implantação do Sistema de Automação de Produtos e Serviços de Agências (Sisag), o desligamento de empregado em estágio probatório, a promoção por mérito de 2012 e o andamento das discussões entre Caixa e Funcef sobre o contencioso jurídico da Fundação.

Tesoureiros – a rotina de trabalho dos tesoureiros – marcada por fortes demandas, por alto grau de responsabilidade e pela exposição a riscos – foi uma das principais preocupações dos representantes dos empregados na abordagem de condições de trabalho nas agências.
A empresa foi questionada por continuar atribuindo aos ocupantes desta função a responsabilidade pelo preenchimento do Termo de Verificação de Ambiência (TVA), atividade que os deixa ainda mais sobrecarregados.
Em discussões anteriores, a representação dos empregados havia reivindicado que tal atribuição não fosse direcionada aos tesoureiros. Contudo, o TVA em andamento continua a ser tarefa dos trabalhadores da retaguarda.
A questão sobre quem deve ficar responsável pelo TVA segue em avaliação.

Abastecimento dos ATMs – representantes da Caixa informaram que estão sendo tomadas providências em relação às agências que não possuem corredores para o abastecimento dos caixas.

Reestruturação – a representação da Caixa confirmou a contratação de uma consultoria para a realização de estudos visando à reorganização de processos, mas negou que já esteja em andamento qualquer medida nesse sentido.

Promoção por mérito – quanto ao processo de avaliação para promoção por mérito, de acordo com o banco, tudo transcorreu sem registro de qualquer tipo de problema e com a mesma efetividade na participação dos anos anteriores. A apuração do processo deve ser concluída em 21 de janeiro e o pagamento das promoções ocorrerá em fevereiro.
Os representantes dos empregados salientaram a importância de se manter em atuação a comissão paritária que trata do assunto, para que sejam viabilizadas avaliações e ajustes permanentes.

Sisag – de acordo com a empresa, a implantação do Sisag está em andamento em 243 unidades no País, contudo, a expansão para outros locais está suspensa por tempo indeterminado.
A experiência nas unidades-piloto é que irá dizer se o Sisag poderá, de fato, evoluir a ponto de substituir o antigo sistema.
A representação dos empregados manifestou concordância com a internalização do sistema, mas ressaltou a necessidade de se dar tratamento diferenciado às ocorrências decorrentes do processo de implantação do Sisag, para que não seja imputada aos trabalhadores a responsabilidade por problemas gerados por inconformidades do novo modelo.

Avaliação da APCEF – para o diretor-presidente da Associação, Sérgio Takemoto, os representantes da Caixa não apresentaram respostas efetivas aos questionamentos dos empregados em relação ao Sisag, ao TVA e à reestruturação.
“A Caixa peca pela falta de transparência no trato com seus empregados como, por exemplo, no caso da reestruturação. Admite a contratação de uma consultoria para tal fim, porém, nada é explicado aos trabalhadores, que vivem um dia a dia de boatos, incertezas e total intranquilidade diante de possíveis mudanças que podem alterar suas vidas profissional e pessoal”, comentou Sérgio Takemoto. “O adiamento sobre a discussão da responsabilidade de execução do TVA não alivia em nada a sobrecarga de trabalho dos tesoureiros a curto prazo. Eles continuam com tal incumbência e tendo de se virar em 10 para cumprir suas tarefas diárias”, disse. “Em relação ao Sisag, a Caixa não esclareceu a questão das penalidades que empregados da linha de frente da implantação do novo sistema estão sofrendo por falhas técnicas. Até quando a direção do banco vai fechar os olhos para o dia a dia de seus trabalhadores?”, questionou o dirigente da Associação.

Leia, aqui, mais informações sobre a reunião de 15 de janeiro.