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Durante reunião com o Comando Nacional dos Bancários, que acontece nesta terça-feira, dia 16, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) irá apresentar o resultado do segundo Censo da Diversidade, além dos dados solicitados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) sobre os números de afastamento de bancários no trabalho.

Na quarta-feira, dia 17, serão debatidos os temas pendentes das rodadas anteriores.

Nas quatro rodadas de negociações com a Fenaban, concluídas na quinta-feira da semana passada (11), também na capital paulista, foram discutidas todas as demandas referentes aos temas prioritários para a categoria bancária. Os bancos, no entanto, não apresentaram propostas.
A categoria bancária já deixou claro aos bancos que quer uma proposta que não contemple apenas as reivindicações econômicas, mas também as demandas sociais, como o fim das metas abusivas e do assédio moral, a preservação da saúde, a proteção ao emprego e o fim da rotatividade e das terceirizações, mais segurança e igualdade de oportunidades.

No item econômico, o índice de reajuste reivindicado é de 12,5%. Os bancários reivindicam ainda valorização dos pisos e uma PLR maior e mais justa, equivalente a três salários mais valor fixo de R$ 6.247,26.

Na campanha salarial deste ano, a categoria bancária insiste na reivindicação histórica de criação de Planos de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos, a exemplo do que já existe nas instituições financeiras públicas. O PCS é visto como um instrumento de valorização e de transparência dentro dos bancos, que permite ao trabalhador obter ganhos ao longo de sua permanência na empresa.

Outra reivindicação é a isonomia salarial. O Comando Nacional dos Bancários luta para que os bancos se comprometam a aplicar a Convenção 100 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o artigo 2º da Declaração Universal de Direitos Humanos, que asseguram a equivalência salarial para trabalho de igual valor.

Exemplo de outra reivindicação econômica da campanha salarial 2014 é o pagamento de R$ 724, o equivalente ao salário mínimo nacional, para os vales-alimentação e refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá. Os bancários também reivindicam a criação de um 13º vale-refeição. Também é reivindicado o reajuste do vale-cultura para R$ 112,50 e para todos os funcionários.

Outra prioridade é o fim das metas abusivas e do assédio moral. Essa reivindicação, segundo o Comando Nacional, está diretamente relacionada à saúde e condições dignas de trabalho. Não dá mais, portanto, para conviver com situações de trabalhadores adoecendo, usando remédios de tarja preta e até chegando à morte, devido a uma política de gestão alicerçada na cobrança de metas cada vez mais abusivas.

Associado a isso, há pendências como isonomia de direitos para afastados, programa de reabilitação, intervalos para atividades repetitivas, avaliação do PCMSO, assistência médica, hospitalar e medicamentosa, garantia de salário ao empregado afastado, revisão ilegal de atestados médicos e Cipa e Sipat.

Há ainda a exigência de que sejam adotadas medidas para preservar o emprego, principalmente em relação à rotatividade e ao fim das terceirizações. É reivindicada, nesse particular, a garantia do emprego e o fim das demissões imotivadas, de acordo com os termos da Convenção 158 da OIT.

Outra reivindicação importante é o fim das terceirizações e da utilização dos correspondentes bancários em substituição às agências bancárias. Essa luta também se estende para a adoção de medidas de segurança bancária e por igualdade de oportunidades.

Fonte: Fenae Net

 

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