Os trabalhadores voltaram às ruas para reivindicar a renovação do acordo de correção da tabela do Imposto de Renda (IR), o aumento do salário mínimo para R$ 580 e o reajuste das aposentadorias e pensões.
Convocado pelas centrais sindicais, o protesto aconteceu em 18 de janeiro, no coração financeiro de São Paulo, a Avenida Paulista.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, disse que o ato foi o primeiro exemplo, em 2011, de mobilização e união das centrais em torno dessas reivindicações e será seguido por outros protestos.

• Imposto de Renda
O presidente da CUT defendeu o reajuste da tabela do IR como forma de manter, no bolso dos trabalhadores, as conquistas salariais de 2010. “Mais de 97% das categorias conquistaram aumento real de salário no ano passado e, por causa disso, muitos trabalhadores mudaram de faixa de rendimento na tabela do Imposto de Renda. Esse dinheiro deveria sair do bolso do trabalhador para aumentar o consumo e melhorar sua vida, mas se não houver correção da tabela este ano, uma parte dele será comida pelo leão”, disse Artur Henrique.
Negociações entre os trabalhadores e o governo Lula garantiram o acordo de correção da tabela em 4,5% ao ano, de 2007 a 2010, mas, até agora, não há sinalização de que o acordo será mantido.
O secretário de Administração e Finanças da CUT, Vagner Freitas, disse que o atual governo tem de ouvir os trabalhadores, a exemplo do que ocorria com o Lula. “O acordo de correção da tabela do IR foi construído pelo governo anterior com as centrais sindicais e o atual governo deve continuar ouvindo a classe trabalhadora e negociando uma forma de correção da tabela”, concluiu. 

Foto: Maurício Morais – Seeb/SP

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