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Representantes da APCEF/SP visitaram diversas agências no sábado (8) e nesta segunda e terça-feira (9 e 10) e constataram o que reiteradas vezes tem sido denunciado: que a irresponsabilidade da direção da Caixa ao organizar o pagamento das contas inativas do FGTS está provocando filas enormes e demora no atendimento. Os trabalhadores que atendem à demanda diária das agências estão fazendo milagre.

A diretora da APCEF/SP Ivanilde de Miranda resumiu a situação: “Em 2016, a Caixa conquistou 4 milhões de clientes e demitiu (e continua demitindo) milhares de empregados. Resultado? Situação caótica que se agrava ainda mais com a demanda do FGTS”. E completou: “A direção já sabia da necessidade desde dezembro e não tomou providência alguma”.

Há anos, denuncia-se a falta de trabalhadores no banco. Em vez de se preocupar com o aumento da demanda, a Caixa ainda implantou um Programa de Demissão Voluntária Extraordinário (PDVE), que tirou cerca de 5 mil empregados do quadro neste ano. Fora os 2.480 que já haviam saído em 2016.

Constata-se, ainda, que a abertura aos sábados e duas horas mais cedo de segunda a sexta-feira não amenizam o problema. “A Caixa precisa contratar. Apesar de todo o esforço dos trabalhadores, é humanamente impossível dar conta da demanda”, destacou a diretora.

Por fim, é importante lembrar que Gilberto Occhi garantiu que todos os trabalhadores receberão pelas horas trabalhadas. “Ufa, só faltava dizer que não iria pagar”, indignou-se Ivanilde Miranda.

Adicional de 100% – em reunião com a direção da Caixa, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) questionou o valor pago por essas horas extraordinárias. A empresa não está pagando o adicional de 100%. A Comissão irá acrescentar a irregularidade à denúncia já existente no Ministério Público do Trabalho.

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