Da Agência Fenae

O grupo de trabalho que se dedica à elaboração do novo plano de cargos e salários e do novo plano de cargos comissionados esteve reunido em Brasília, em 16 de abril, quando tratou da necessidade de estabelecer com os empregados da Caixa uma maior comunicação sobre o que foi discutido até agora. Também foi feita, na ocasião, uma apresentação detalhada acerca do modelo de pré-projeto de criação de um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCR) para os cargos comissionados.
O modelo de PCR faz alguns diagnósticos a respeito da atual realidade dos empregados que detêm cargos em comissão, entre os quais o reconhecimento de que as tabelas salariais na Caixa são fragmentadas e de que há uma excessiva dependência financeira do cargo comissionado, com forte vinculação à estrutura da empresa e com disparidade salarial entre os cargos técnicos e gerenciais. Foi feito ainda um debate rápido sobre as políticas de remuneração.
No debate que o GT PCS/PCC fez sobre esse tema, os representantes dos empregados voltaram a criticar a defasagem salarial dos cargos técnicos, resultado da política de concessão de reajustes às chefias, às gerências e aos escalões superiores da administração, com discriminações à maioria atuante nas unidades de ponta da empresa. Essa desigualdade foi acentuada com a criação do piso de mercado e do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA), o que na prática eliminou as promoções por merecimento e antiguidade. Outro problema detectado diz respeito à criação de pisos de mercado regionalizados, provocando assim a eliminação do caráter nacional do quadro de carreira.
Na avaliação dos representantes da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT) no GT PCS/PCC, essas distorções precisam ser corrigidas. Eles defendem a garantia de eqüidade salarial para função de mesmo nível de complexidade e responsabilidade, independentemente da região. Há hoje na Caixa 118 cargos comissionados. O PCR propõe que haja uma redução para 60. O assunto voltará a ser discutido nas próximas reuniões do grupo de trabalho.
Foram escolhidas duas datas indicativas para a próxima reunião do GT PCS/PCC: 29 e 30 de abril ou 6 e 7 de maio. O encontro foi agendado para Brasília.

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