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Neste sábado, dia 26, segundo dia da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, os 634 participantes discutiram em grupos temas apontados pelas conferências regionais e estaduais realizadas em todo o Brasil, como emprego, remuneração, reestruturação do sistema financeiro, saúde e condições de trabalho.

Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, houve um rico debate e muitas questões foram aprovadas nos grupos e irão entrar na pauta de reivindicações.

– O primeiro grupo tratou da pauta referente ao emprego: corte de postos de trabalho, rotatividade e terceirização. Os bancários participantes aprofundaram em temas essenciais à categoria, como o combate à rotatividade, às demissões à terceirização das atividades-fim, sobretudo o PL 4330, que precariza as condições de trabalho.
Com o objetivo de barrar a terceirização, os bancários do grupo apoiam o seminário que será realizado dias 14 e 15 de agosto, em Brasília, e outras estratégias de mobilização contra a precarização. A iniciativa visa defender e assegurar os direitos dos trabalhadores atingidos pela terceirização.

– O segundo grupo discutiu sobre reestruturação no sistema financeiro, com questões como Banco do Futuro, correspondentes bancários e novas tecnologias. Como debate principal, o grupo discutiu a necessidade de assegurar o emprego e proteger o trabalhador, com garantia e respeito à jornada de trabalho e segurança. Também foi defendida a universalização dos serviços bancários, com atendimento em agências e PABs, prestados exclusivamente por trabalhadores bancários. Essa questão é fundamental para fortalecer a luta contra a figura do correspondente bancário, que vem sendo largamente utilizado pelos bancos para reduzir custos, gerando a precarização do emprego.

– O grupo que debateu sobre a remuneração (aumento real, plano de cargos e salários, piso
salarial e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) deixou para a plenária final a definição do índice de reajuste salarial. Foram apresentadas, ao todo, sete propostas com aumento real. O grupo apontou também a defesa da valorização do piso e discutiu a contratação da remuneração variável, cuja definição também ficou para a plenária final.

Ainda foram tratadas questões como proteção salarial, 14º salário, auxílios cesta-alimentação, creche/babá e transporte, gratificação de caixa, participação nos lucros e resultados (PLR), entre outros.

– O debate sobre saúde e condições de trabalho (metas, assédio moral e segurança), no quarto grupo, destacou a o combate às metas abusivas e assédio moral, discutindo, inclusive, a necessidade da atualização da pauta de reivindicações para que os bancos cumpram a legislação de segurança e adotem as medidas necessárias para coibir sequestros e assaltos nas agências e postos de atendimentos.
Conforme o grupo, as medidas de segurança devem agregar espaços dos caixas eletrônicos e as agências de negócios, onde há guarda e manuseio de numerário. O grupo, ainda, debateu a adoção de medidas voltadas para a viabilização da promoção de igualdade de oportunidade para todos.

Rede de Comunicação dos Bancários
 

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