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A greve nacional dos bancários completou uma semana nesta quarta-feira, 18 de setembro, e permanece forte e unificada em todo o país. O objetivo é ampliar as adesões e, com isso, pressionar os bancos que até agora não apresentaram nenhuma proposta.

Foram contabilizadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) um total de 10.024 agências e centros administrativos de instituições financeiras públicas e privadas paralisadas nesta semana de greve da categoria.

O crescimento da paralisação se dá em todo o país conforme aconteceu nos anos anteriores. No primeiro dia foram fechadas 6.145 unidades, subindo para 7.282 no segundo dia, 9.015 no quinto dia e 9.665 unidades no sexto dia.
Nesta quinta-feira, 26 de setembro, o movimento entra em seu oitavo dia com 10.024 agências bancárias paralisadas.

As reivindicações dos bancários são reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação) e PLR de três salários mais R$ 5.553,15. A categoria pede também a valorização do piso, mais contratações, fim da rotatividade e dos terceirizados, melhores condições de trabalho com fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
Na Caixa, a luta é também por seis horas para todos, fim das metas abusivas, melhores condições de trabalho e valorização do empregado. PLR social é uma das exigências que visam maior reconhecimento ao esforço dos bancários da Caixa face ao volume e à importância do trabalho que realizam diariamente nas unidades.


Manifestações

Além da paralisação, os bancários estão intensificando a realização de passeatas e manifestações em todo o país. Na última terça, 24 de setembro, ocorreram caminhadas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Campo Grande. Hoje, estavam agendadas mobilizações em Brasília, João Pessoa, Fortaleza e Salvador, entre outras.

Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, os protestos nas ruas é uma maneira de dialogar com os clientes e a sociedade. “Queremos mostrar que os bancos, cujos lucros atingiram 29 bilhões de reais no primeiro semestre deste ano, têm plenas condições que atender às reivindicações econômicas e sociais dos bancários, reduzir as altas taxas de juros e tarifas cobrados dos clientes e garantir atendimento de qualidade à população ", afirma.

Avaliação da greve

O Comando Nacional, que representa 95% dos bancários de todo o Brasil, fará reunião nesta quinta-feira (26), às 14h, em São Paulo, para fazer uma avaliação da primeira semana de greve e definir formas de ampliar e fortalecer ainda mais o movimento.

As principais reivindicações dos bancários:

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

 

 

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